Amenizando as emoções e expandindo a Consciência

Amenizando as emoções e expandindo a Consciência

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O corpo
emocional é inerente à condição humana. Para se elevar além da limitada
condição humana o indivíduo precisa reduzir ou neutralizar os efeitos das
emoções sobre a sua vida.



“Somos um Corpo
espiritual (Somos Luz) que se expressa aqui no Plano Físico pra vivenciar o
dualismo emocional. São as emoções que fazem a dinâmica do nosso cotidiano, ora
positivas, ora negativas, como se estivéssemos numa balança, nos tornando mais
ou menos densos, dependendo de como estamos vibrando.” Antonio Carlos Tanure



Há quem fuja
das emoções, tentando controla-las. Porém o controle das emoções implica em
sofrimento, pois a pessoa sente algo e precisa agir em desacordo com o que
sente. O único caminho para acabar com o sofrimento é a consciência.
Consciência é um processo gradativo e que se auto-alimenta. Quanto mais
consciência você tem, mais ganha. Quanto mais consciência você ganha, menos
sofrimento você tem. Por outro lado, quanto mais entregue às emoções, mas preso
se está na densidade da matéria. 
O aumento de
consciência é gerado com a compreensão da natureza do Universo e da natureza do
Homem. Não necessariamente o estudo, mas a compreensão. O estudo implica em
processos lógicos; a compreensão vai além do entendimento intelectual, como se envolvesse
novos sentidos, novas formas de apreensão da informação.



Quando você
entende os ciclos da vida, as reações naturais aos fatos, as respostas às
interferências, às agressões, você sabe que existe uma natureza do Universo, do
Planeta e uma natureza do Homem. Quando você conhece a natureza do Planeta você
aprende a conviver com ela, a prever suas reações e a entender os seus ciclos,
seus ritmos. Você sabe a hora de se expor e a hora de se recolher. O mesmo
acontece em relação à natureza humana.



É preciso
conhecer a natureza humana. Para isto, o primeiro passo é se conhecer. É
preciso entender porque você reage desta ou daquela forma a uma ou outra
situação. Observar que cada situação, cada pessoa pode causar em você
diferentes reações, emoções, sentimentos. Também é preciso descobrir com que
você se identifica. Na identificação com algo está o distanciamento de sua
essência. Tudo além de EU SOU EU é identificação com algo. Mesmo que sejam
coisas positivas, como: eu sou calmo, eu sou bom, eu sou uma ótima pessoa.



Identificar-se
com algo é esquecer-se de quem você é realmente. É ter necessidade de “querer
ser alguma coisa”, menos ser você mesmo. Então há quem se identifique com uma
qualidade, uma profissão, um papel na sociedade. É querer marcar a própria
existência com algo que mostre uma diferença entre si e as demais pessoas.



Para se
conhecer um bom começo é se observar. Experimentar participar da vida como um
observador de si mesmo: ao mesmo tempo ser o ator e a platéia. Dessa forma você
descobre em que momento a emoção entrou na cena. Da próxima vez, numa situação
semelhante você poderá mudar o roteiro, a fala, a cena.  Você poderá agir
sem a interferência da emoção. Você passa a entender sua natureza. Você ganha
CONSCIÊNCIA.



Agir sem a
interferência da emoção não significa não sentir a emoção. Significa sentir em
maior ou menor intensidade e agir com consciência. É poder dizer ao outro: “O
que você fez me deixou com muita raiva, mas não vou deixar que esta raiva
interfira na minha decisão.”. Ou: “Gosto muito de você, mas isto não impede que
veja suas falhas…”. Ou nem falar, mas ter consciência de que a emoção não
interferiu na sua ação.



Agir com consciência faz a diferença entre ser
uma pessoa ou um autômato. Entre ser responsável pelos próprios atos ou
procurar sempre um culpado pelo que acontece na sua vida. O ganho de consciência
gradativamente vai diminuindo a intensidade das emoções. Você consegue se
manter numa “faixa de tolerância”, e as emoções não abalam mais o seu corpo
físico e muito menos o seu corpo mental.



Aprendemos
muitas coisas por pura imitação ou condicionamento, mas ganhar consciência é
reconhecer quando a ação não é espontânea, mas automática. Muitas vezes
reconhecer e voltar atrás, refazer a cena de outra forma. Assim você cresce em
consciência e leva à reflexão às demais pessoas envolvidas no processo.



Conhecer-se
também é o primeiro passo para se aceitar e se amar. Não há amor verdadeiro que
não envolva primeiro quem o canaliza. Se é preciso amar a Deus sobre todas as
coisas e ao próximo como a você mesmo, então é preciso antes de tudo aprender a
se amar. E só depois você aprenderá a amar ao próximo como se fosse Deus.



O segundo passo é conhecer, entender o outro,
ainda que não concorde com ele. Você não concorda, mas entende. Uma forma de
entender o outro é se colocar no lugar dele. Quando você se coloca no lugar do
outro você consegue ver a vida segundo a perspectiva dele e então entende
porque ele age, pensa ou sente daquela forma que lhe é peculiar.



Quando você se
observa, descobre que dependendo da situação quem comanda você é o corpo
físico, ou o corpo emocional ou o corpo mental. Ou a consciência. A consciência
não é o corpo mental, pois o mental é influenciado por crenças, preconceitos,
idéias pré-concebidas, fórmulas aprendidas e diferentes conceitos e “verdades”
que vêm de fora para dentro. A consciência vem de dentro para fora, é reflexo
da sua essência. É algo que você sabe, independente do que ensinaram.



Quando você
identifica quem comanda você está tomando consciência dos seus atos. Mesmo
errando, você tem consciência do erro. Por exemplo, é saber que está comendo
aquilo que o corpo físico pediu e não o que é bom para a sua saúde. É saber que
foi movido pela emoção ao realizar aquela compra além das condições financeiras.
É notar quando não se sente bem vestindo algo que dizem estar na moda. A partir
destas descobertas você vai passar a agir da forma que o seu EU decidir e não
de acordo com a imposição do físico, do emocional ou do mental.



Pessoas ainda muito movidas pelas emoções supõem
que quem as tem em menor intensidade é uma pessoa fria, sem sentimentos, sem
compaixão. Porém o ganho de consciência coloca a pessoa na freqüência da
neutralidade, onde ela passa a entender tão bem o que se passa com o outro que
é como se ela mesma estivesse vivendo a história dele. Tudo fica muito claro.
Tudo fica mais previsível, simples.



Ainda que possa
parecer estranho ou mesmo paradoxal, quanto menor a influência das emoções,
maior a capacidade de amar. O amor que vem da consciência, da freqüência da
neutralidade, é puro, pois não é abalado por nenhum fato, nenhum acontecimento,
nenhuma diferença de opinião – ele é incondicional. Se é incondicional, ele
envolve toda a humanidade e todo o reino animal, vegetal e mineral. Todo o
Planeta e todo o Universo. 
Acima foi
colocado que consciência gera mais consciência. Da mesma forma, amor gera mais
amor. A energia do amor tem a capacidade de mudar o campo em torno de quem a
emana. Dessa forma, quando você gera amor você diminui a intensidade das suas
emoções e também daqueles que estão à sua volta.



As emoções
fazem parte da natureza humana, assim como o vento, a neve, a chuva, o maremoto
fazem parte da natureza do nosso Planeta. Assim como o homem precisa se
precaver dos arroubos da natureza do Planeta, também precisa se proteger dos
arroubos das emoções humanas.



A redução gradativa e consciente da intensidade
das emoções traz benefícios para a saúde física e mental, além de reduzir danos
ao ambiente familiar, social e planetário. Emoções exacerbadas, positivas ou
negativas, podem levar uma pessoa a doenças e mesmo à morte. O noticiário traz
vários exemplos de torcedores fanáticos que enfartam uns na derrota e outros na
vitória do seu time.



O ganho de
consciência traz a constatação de que cada um de nós é uma partícula deste
universo infinito. Ao mesmo tempo traz a certeza da importância e influência
desta pequena partícula na harmonia do universo. Ganhar consciência, reduzir a
intensidade e a influência das emoções não é tarefa fácil, mas pode ser prazerosa
e sempre será compensadora.





Autor: Desconhecido.

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