Como ser Feliz

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Quando
não estamos mais totalmente identificados com as formas, a consciência – quem
nós somos – se vê livre do seu aprisionamento da forma. Essa liberdade é o
surgimento do espaço interior. Ele chega como se um estado de silêncio e calma,
uma paz sutil enraizada dentro de nós, mesmo diante de algo que parece mau –
“Isso também passará”. De repente existe um espaço em torno do acontecimento.
Há também o espaço ao redor dos altos e baixos emocionais, até mesmo da dor. E,
acima de tudo, existe espaço entre nossos pensamentos. E, desse espaço, emana
uma paz que não é “deste mundo”, porque este mundo é forma, enquanto a paz é
espaço. Essa é a paz de Deus.


Agora
podemos desfrutar e estimar as coisas e os eventos sem lhes atribuir uma
importância que eles não possuem. Temos condições de participar da dança da
criação e sermos ativos sem nos apegarmos ao resultado e sem impormos
exigências pouco razoáveis em relação ao mundo, como satisfaça-me, faça-me
feliz, faça-me sentir seguro, diga-me quem sou. O mundo não pode nos dar nada
disso e, quando deixamos de ter essas expectativas, todo o sofrimento que nós
mesmos criamos chega ao fim.
Toda essa dor se deve a valorização exagerada da
forma e a falta de consciência quanto a dimensão do espaço interior.

Quando
a dimensão está presente em nossa vida, podemos aproveitar as coisas, as
experiências e os prazeres sensoriais sem nos perdermos neles, sem nos
apegarmos internamente a nada disso, isto é, sem nos tornarmos viciados no
mundo.

A
mensagem “Isto também passará” é um instrumento de orientação em relação a
realidade. Ao indicar a transitoriedade de todas as formas, ela também aponta a
simplicidade para o eterno. Apenas o eterno dentro de nós reconhece o efêmero
como efêmero.

Sempre
que a dimensão do espaço se perde ou não é conhecida, as coisas assumem uma
importância absoluta, uma seriedade e um peso que, na verdade, elas não
possuem. Toda vez que o mundo não é visto da perspectiva do que não tem forma,
ele se torna um lugar ameaçador, em última análise, de desespero.

O
profeta do antigo testamento sentiu isso quando escreveu: “Todas as coisas se
afadigam, e mais do que se pode dizer”


Texto
extraído do Livro “UM Novo Mundo – O despertar de uma nova consciência” do
autor Eckhart Tolle.
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