Dramas de Controle – A disputa pela energia Baseado no livro “A Profecia Celestina”

Dramas de Controle – A disputa pela energia Baseado no livro “A Profecia Celestina”

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Nós, seres humanos, disputamos energias constantemente e o fazemos com o fim de nos erguer psicologicamente. Acreditamos que precisamos receber atenção, amor, reconhecimento, apoio e aprovação dos outros e assim adotamos uma maneira de puxar energia em nossa direção, e a ação é a mesma interação que tínhamos com nossos pais quando éramos crianças.

Neste caso, precisamos evoluir conscientemente para nos livrarmos de nossas atitudes temerosas, crenças e comportamentos voltados para o controle de nosso fluxo de energia pessoal.

Canalizamos, normalmente, uma quantidade de energia muito pequena, praticamente o essencial para sobrevivermos. Sendo assim, necessitamos de outras fontes para obtenção de energia. Para as nossas atividades cotidianas, canalizamos energia através dos alimentos, da respiração, através dos chacras, dentre outras. Mas uma das mais preocupantes formas de obtermos energia, é através de outras pessoas… isso mesmo… roubamos energia de outras pessoas.

Quando duas ou mais pessoas interagem, eles literalmente fundem seu campo eletromagnético, juntando as energias, fazendo com que se tornem um único padrão vibracional. Dessa maneira, quem vai controlar essa energia?

Se um dos dois consegue dominar o padrão energético, fazendo com que o outro aceite o seu ponto de vista, então esse ser capturou para si a energia de ambos, sentindo assim uma imediata sensação de poder, euforia, segurança, etc (podemos observar esse fenômeno quando duas pessoas discutem; o que perde a discussão se sente inferiorizado, diminuído, que é o fator energético perdido). Quando isso acontece denominamos Drama de Controle.

Este fenômeno foi muito bem colocado por James Redfield em seu livro “A Profecia Celestina” e explicado mais profundamente em “A Visão Celestina”. James Redfield diz que existem 4 tipos principais de Dramas de Controles:

2 agressivos: o intimidador e o interrogador

2 passivos: o distante e o coitadinho de mim (vítima)

O Intimidador: o mais agressivo dos Dramas de Controle.

Podemos perceber que entramos no Drama de Controle do Intimidador quando, além de nos sentirmos exaustos e cansados, sentimo-nos ameaçados, amedrontados e até em perigo. Os intimidadores conseguem que todos prestem atenção neles por meio de uma atitude espalhafatosa, da força física, de ameaças ou de explosões inesperadas.

Pessoas que utilizam esse Drama de Controle servem-se de métodos que geram o medo, deixando bem claro que a qualquer momento podem explodir em raiva ou se descontrolar, podendo até utilizar violência. A estratégia do Intimidador é controlar o nosso padrão vibracional através do medo e da imposição. Quando alguém nos dá o entendimento de que pode ser violento ou superior, ou crie um ambiente qualquer em que nos sentimos ameaçados, fazemos questão de observá-la atentamente e, como vimos antes, onde a atenção é dispensada a energia é enviada. Sentimo-nos confusos e com medo, começamos a enxergar a situação com a possibilidade de nos machucarmos, começamos a imaginar a situação tornando-se real, ou seja, olhamos o mundo sobre o ponto de vista do Intimidador e, ao fazer isso, damos energia a ele.

Basicamente egocêntricos, o comportamento dessas pessoas pode variar entre a mania de mandar em todo mundo, falar continuamente, ter um comportamento autoritário, ser inflexível e sarcástico e ser violento. Os intimidadores são provavelmente os indivíduos mais desligados da energia universal. Eles envolvem inicialmente os outros criando uma aura de poder.

Cada um dos quatro dramas de controle cria uma dinâmica específica de energia chamada de drama combinado. Por exemplo, o drama combinado criado por um Intimidador é basicamente o Coitadinho de Mim – uma dinâmica de energia extremamente passiva. O Coitadinho de Mim, sentindo que o Intimidador está lhe roubando energia numa escala assustadora, tenta interromper o intercâmbio ameaçador assumindo uma atitude submissa e indefesa como: “Olhe só o que você está fazendo comigo. Não me magoe, sou muito fraco.” O Coitadinho de Mim está tentando fazer o Intimidador sentir-se culpado a fim de interromper o ataque e recuperar o fluxo de energia. A outra possibilidade para um drama combinado é o Contra-Intimidador. Este drama ocorrerá se a atitude do Coitadinho de Mim não funcionar, ou, o que é mais provável, se a personalidade da outra pessoa também for agressiva. Esta pessoa então reagirá ao Intimidador original. Se seu pai ou sua mãe tiver sido um Intimidador, é bem provável que um dos pais dele ou dela tenha sido um Intimidador ou um passivo Coitadinho de Mim.

O Interrogador

Os Interrogadores são fisicamente menos ameaçadores, mas ainda assim são agressivos, pois abatem o espírito e a vontade ao questionar mentalmente todas as atividades e motivações. A estratégia usada é a crítica para adquirir energia dos outros.

Críticos hostis, eles buscam maneiras de apontar os erros dos outros. Quanto mais eles se ocupam de suas falhas e erros, mais você os observa e reage a cada movimento deles. Quanto mais você se esforça para provar que está certo ou responder a eles, mais energia você manda na direção deles. Tudo que você disser provavelmente será usado contra você em alguma ocasião. Você se sente como se estivesse sendo constantemente vigiado, controlado.

Indivíduos hipervigilantes, eles podem ser cínicos, céticos, sarcásticos, atazanadores, perfeccionistas, donos da verdade e até perversamente manipuladores. Eles envolvem inicialmente os outros com sua perspicácia, lógica infalível, fatos e intelecto.

O método inconsciente utilizado pelo Interrogador é apontar alguma coisa sobre nós que nos desequilibre, na esperança de nos convencer da sua verdade em relação à crítica para que adotemos a sua visão do mundo, assumindo o seu ponto de vista; quando isso acontece, fornecemos ao Interrogador um fluxo regular de energia.

Como pais, os Interrogadores geram crianças Distantes e algumas vezes Coitadinhos de Mim. Os dois tipos querem escapar à fiscalização do Interrogador. Os distantes querem evitar ter que responder (e ter sua energia exaurida) ao constante escrutínio e provocação do Interrogador.

O Distante

Percebemos que estamos entrando em um padrão vibracional relativo a esse drama quando iniciamos uma conversa e de repente percebemos que não estamos conseguindo obter uma resposta direta, ou melhor dizendo, a pessoa se mantém distante, desligada, misteriosa em suas respostas, forçando-nos a gastar tempo (energia) recolhendo informações que normalmente são fornecidas de maneira simples e casual. Ao fazer isso, estamos intensamente concentrados no mundo da pessoa, olhando pelos seus olhos, obtendo assim, o seu ponto de vista e assim estamos lhe dando a carga de energia que ela busca.

As pessoas distantes vivem presas em “seu mundo interior” de lutas não o resolvidas, temores e insegurança. Elas acreditam inconscientemente que se parecerem misteriosas ou desligadas, as outras pessoas procurarão agradá-las. Com frequência solitários, eles se mantêm à distância por medo de que os outros imponham a vontade deles ou questionem suas decisões (como o faziam seus pais Interrogadores). Achando que têm que fazer tudo sozinhos, eles não pedem a ajuda de ninguém. Precisam de “muito espaço” e freqüentemente evitam assumir compromissos. Quando crianças constantemente não lhes era permitido satisfazer sua necessidade de independência nem eram reconhecidos pela sua identidade.

Seu comportamento varia entre desinteressado, inacessível, pouco cooperativo, superior, repudiador, contrário e furtivo.

Hábeis em usar o desligamento como defesa, eles tendem a interromper a própria energia através de frases como “sou diferente dos outros”, “ninguém realmente compreende o que estou tentando fazer”, “estou confuso”, “não quero jogar o jogo deles”, “se ao menos eu tivesse…” As oportunidades escapolem enquanto eles analisam tudo em excesso. Diante de qualquer indício de conflito ou confrontação, o Distante torna-se vago e pode literalmente desaparecer (filtrando telefonemas ou deixando de cumprir compromissos). Eles envolvem inicialmente as pessoas através de sua persona misteriosa e inacessível.

Temos que saber discernir entre pessoas que utilizam o Drama de Controle do Distante e pessoas que, em determinadas situações, preferem o anonimato. Os Distantes normalmente geram Interrogadores, mas também podem participar de dramas com Intimidadores ou Coitadinhos de Mim porque estão no centro do continuum.

O Coitadinho de Mim (Vítima)

O mais passivo dos controladores. Neste drama de controle a pessoa ao invés de brigar diretamente pela energia, procura ganhar a atenção manipulando o sentimento de solidariedade de sua vítima.

Podemos perceber que entramos no campo vibracional deste drama quando somos atraídos imediatamente para um tipo de diálogo que nos tira do nosso centro de equilíbrio. Começamos a nos sentir culpados sem motivo aparente, é como se estivéssemos sendo colocados nesse papel pela outra pessoa. Toda vez que a pessoa deste drama precisar de energia, inconscientemente vai exercê-lo para obter atenção, e para onde a atenção é dirigida, energia é enviada. No mundo do “Coitado”, a única maneira de agir é pedir simpatia através da culpa e de rejeições denunciadas.

Os Coitadinhos de Mim nunca acham que têm poder suficiente para enfrentar o mundo de uma forma ativa, de modo que despertam compaixão, atraindo energia em sua direção. Quando empregam a técnica silenciosa, eles podem escorregar, mas sendo Coitadinhos de Mim, eles fazem tudo para garantir que o silêncio não passe despercebido.

Sempre pessimista, o Coitadinho de Mim chama atenção para si demonstrando preocupação, suspirando, tremendo, mantendo o olhar fixo num ponto distante, respondendo lentamente às perguntas e recontando dramas e crises comoventes. Ele gosta de ser o último da fila e submeter-se à vontade dos outros. Suas duas palavras prediletas são: “Sim, mas…”

Os Coitadinhos de Mim seduzem inicialmente por serem vulneráveis e precisarem de ajuda. No entanto, eles não estão realmente interessados em soluções porque perderiam sua fonte de energia. Eles também podem exibir um comportamento excessivamente obsequioso que acaba por fazer com que eles achem que os outros estão se aproveitando deles e reforçam seu método de obter energia. Na qualidade de adaptáveis eles têm pouca habilidade para estabelecer limites, e podem ser persuasivos, defensivos, ter o hábito de pedir desculpas, explicar várias vezes a mesma coisa, dizer coisas demais e tentar resolver problemas que não lhes dizem respeito. Eles são receptivos a serem tratados como objetos, talvez por sua beleza ou favores sexuais, e depois se ressentem de não serem tratados com consideração.

Os Coitadinhos de Mim sustentam sua posição de vítima atraindo as pessoas que os intimidam. Nos ciclos extremos da violência doméstica, o Intimidador envolve o Coitadinho de Mim em episódios cada vez mais violentos de abuso com relação ao Coitadinho de Mim até que um clímax é atingido. Depois do clímax, o Intimidador recua e pede desculpas, enviando desse modo uma energia que atrai o Coitadinho de Mim de volta ao ciclo.

Superando os nossos dramas de controle

A tendência humana é ignorar ou rejeitar as queixas alheias em relação ao nosso padrão de comportamento para darmos continuidade ao estilo de vida que escolhemos. Dentro da consciência humana podemos detectar a enorme dificuldade em enxergar o nosso comportamento de modo mais objetivo ou mais direto. Estando consciente a respeito das disputas energéticas na sociedade humana, o nosso desafio maior é nos observarmos atentamente, para que possamos identificar o nosso conjunto particular de teorias e as intenções que constituem o nosso Drama de Controle e encontrar outra experiência que nos permita a abertura para a nossa energia interior.

A chave para abandonar o nosso ‘drama de controle’ é trazê-lo a nossa plena consciência, e fazemos isso retornando a nossa infância familiar e analisando como aprendemos a chamar atenção, dominar os outros e sugar a energia deles. Adotamos uma maneira de puxar a energia em nossa direção através do tipo de interação que tínhamos com nossos pais quando éramos crianças.

A maneira como nossos pais nos tratavam e o modo como nos sentíamos perto deles, foi nosso primeiro campo de treinamento para aprender a controlar a energia, de modo que ela fluísse para nós, é exatamente por isso que nós formamos OS DRAMAS DE CONTROLE, quando criança tivemos que criar uma estratégia para obtermos atenção e a nossa própria energia de volta.

Com o passar dos anos fomos desenvolvemos cada vez mais, nosso drama de controle particular, em função da relação que tivemos com nossos pais, e a partir disso, passamos a vida usando negativamente dessas estratégias de CONTROLE.

Uma das primeiras providências que precisamos tomar para evoluir conscientemente é nos livrarmos de nossas atitudes, temores, informações erradas e comportamentos passados voltados para o controle do fluxo de energia.

Precisamos reinterpretar a experiência familiar de um ponto de vista evolutivo, espiritual, então descobrimos quem somos, nossos ‘dramas de controle’ desaparecem e nossas vidas decolam.

O livro “A Profecia Celestina” nos diz o seguinte:

“Cada um de nós precisa voltar ao passado, recuar à nossa experiência familiar, e descobrir como este hábito se formou. Observar seu início mantém na consciência nossa forma de controlar. Lembre-se de que quase todos os membros da nossa família também estavam atuando num drama, tentando puxar energia de nós, as crianças. É exatamente por isso que tivemos que formar um drama de controle. Tivemos que criar uma estratégia para obter a energia de volta. Sempre desenvolvemos nosso drama particular em função dos membros da nossa família. Não obstante, tão logo reconhecemos a dinâmica de energia da nossa família, podemos passar ao largo dessas estratégias de controle e observar o que estava realmente acontecendo.

Veja em qual drama você se reconhece, conscientize-se desse comportamento destrutivo, transforme sua atitude internamente e alcance equilíbrio e harmonia verdadeira em sua vida:

1. PESSOA INTIMIDADORA:

COMPORTAMENTO EXTERIOR: Chamam a atenção pelas atitudes espalhafatosas, pela forca física, ameaças ou explosões inesperadas. Sempre dominam a conversa, seu comportamento varia entre a mania de mandar em todos e falar continuamente, autoritários, inflexíveis, sarcásticos e violentos. São os mais desligados da energia universal. Envolvem os outros criando uma aura de poder.

LUTA INTERIOR: Medo de ser controlado, de não ter o suficiente, de não ter atenção, de fazer tudo sozinho, de morrer.

FAZ OS OUTROS SE SENTIREM: Com medo, raiva, vontade de se vingar, insignificante.

DRAMA COMBINADO: Coitadinho de mim.

2 – PESSOA INTERROGADORA:

COMPORTAMENTO EXTERIOR: Abatem o espírito e a vontade ao questionar mentalmente todas as atividades e motivações, críticos hostis, buscam maneiras de apontar os erros alheios. Podem ser cínicos, citemos donos da verdade e manipuladores, controlando a todos com sua perspicácia, lógica infalível e intelecto.

LUTA INTERIOR: Falta de reconhecimento quando criança. Medo do abandono quer sempre uma prova de amor; relacionamentos dependentes.

FAZ OS OUTROS SE SENTIREM: Controlados, insignificantes e errados.

DRAMA COMBINADO: Distante.

3 – PESSOA DISTANTE:

COMPORTAMENTO EXTERIOR: Presos ao mundo interior de lutas não resolvidas, temores e inseguranças, acreditam inconscientemente que se parecem misteriosos ou desligados, os outros procurarão agrada-lo. Solitários, se mantém a distancia, por medo de que os outros imponham sua vontade que questionem suas decisões. Não pedem ajuda e precisam de “muito espaço”. Evita assumir compromissos, quando percebem que seu alheamento pode ser a causa de sua falta de amor, dinheiro, autoestima ou de seu sentimento de estagnação e confusão. São desinteressados, inacessíveis, pouco cooperativos, superiores, repudiados, contrários e furtivos.

LUTA INTERIOR: Medo de não conseguir sobreviver, falta de autoconfiança, pânico de ficar encurralado, não consegue saber o que sente. Faz os outros se sentirem desconfiados.

DRAMA COMBINADO: Interrogadores podendo participar de Dramas com intimidadores ou coitadinhos de mim.

4 – PESSOA COITADINHA DE MIM

COMPORTAMENTO EXTERIOR: Nunca se sentem preparados para enfrentar o mundo de maneira ativa, empregam a técnica silenciosa, porem fazendo tudo para garantir que seu silencio não passe despercebido, sempre pessimista, demonstram preocupação, suspirando, tremendo, mantendo o olhar fixo num ponto distante, recontando seus dramas e crises comoventes. Gostam de ser o ultimo da fila e submeter-se a vontade dos outros, possuem pouca habilidade para estabelecer limites, tentam resolver problemas que não lhe dizem respeito, seduzem por serem vulneráveis e precisar de ajuda, no entanto, não estão realmente interessados em soluções, porque perderam sua fonte de energia.

LUTA INTERIOR: Sofre por não ser notado, tem medo de mudar e perder o amor das pessoas sente que não se importam com ele, e dependente nas relações, tem necessidade de ser reconhecido.

FAZ OS OUTROS SE SENTIREM: Culpados

DRAMA COMBINADO: Intimidador.

Já identificou o seu e dos outros que o rodeia? Vamos ver quais são as práticas para alcançar a transformação:

1 – PESSOA INTIMIDADORA EM LÍDER: Ligado à verdadeira fonte de poder encontrara mais auto-estima ao usar suas qualidades de liderança. Decidido e confiante, com mais possibilidades de apreciar os desafios e obter a cooperação dos outros.

2 – PESSOA INTERROGADORA EM ADVOGADO: Canalizando para a pesquisa sua tendência para questionar, empregando suas habilidades como: Professor, consultor ou advogado.

3 – PESSOA DISTANTE EM PENSADOR: Livre da necessidade de permanecer um estranho busca profundos recursos intuitivos interiores para levar sua sabedoria e criatividade a sua carreira de: Padre, curador ou artista.

4 – PESSOA COITADINHA DE MIM EM REFORMADOR: Vivenciando um verdadeiro carinho e unidades tornam-se capaz de permanecer firme em sua fonte interior, tornando-se um amoroso reformador, assistente social ou curador.

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