Gustavo Tanaka – “O que aprendi sobre dar e receber e como isso me ajudou a viver em equilíbrio”

Gustavo Tanaka – “O que aprendi sobre dar e receber e como isso me ajudou a viver em equilíbrio”

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Ontem eu tive tive a honra de fazer uma palestra no TEDx São Paulo. Falei sobre algo de grandioso acontecendo na minha vida e no mundo.


6 meses atrás eu estava no momento mais difícil da minha vida. Sem dinheiro e cheio de dívidas. E hoje tenho realizado todos os sonhos que sempre sonhei.


Eu tenho aprendido tanto com essa diferença e hoje gostaria de compartilhar o que aprendi sobre dar e receber.


Você já deve ter ouvido isso: “quanto mais você dá, mais você recebe”. Ou então, “faça com os outros o que gostaria que fizessem com você”.


Mas sejamos sinceros. É muito difícil aplicar isso no dia a dia e quase ninguém faz.


Eu não sei exatamente porque isso é tão difícil, mas tenho um palpite. Acho que é porque fomos preparados a vida toda para fazer o contrário. Desde a escola nós aprendemos a competir, a fazer o nosso e não se preocupar com o outro.


Exemplo: Já viu alguma escola estimular o bom aluno a passar cola e ajudar o que não está preparado pra prova? Claro que não. A mentalidade é do cada um por si. Eu estudei e estou preparado e o outro que não estudou e isso é problema dele. Será que ele não estudou porque simplesmente é um vagabundo? Ou será que ele está com problemas em casa? Ou será que aquela matéria simplesmente não entra na cabeça dele? Mas vou guardar essa reflexão pra outro texto.


Vou compartilhar aqui o que tenho aprendido nesses meses sobre dar e receber.



1 – Créditos e débitos

Quando você contribui, você ganha créditos. Quando você prejudica alguém, você contrai débitos.


Quanto mais gente você ajuda, mais créditos você ganha. Quanto mais pessoas você prejudica, mais débitos você contrai.


Simples assim.



2 – Sistema em equilíbrio

O sistema vai sempre tentar se manter equilibrado. Se você contribui muito, vai começar a receber muito para que tenha menos crédito e haja esse equilíbrio.


Se você prejudica muito os outros, provavelmente não vai conseguir ganhar de volta quase nada.



3 – Você deve pedir ajuda

Pedir ajuda não é feio. Pedir ajuda não é sinônimo de fraqueza. Pedir ajuda é jogar sua intenção para que pessoas que podem colaborar com você possam aparecer.


Quando você não pede, você mostra que não está aberto a ajuda.


E aí o resultado é que ninguém parece se importar com você.



4 – Aceite o que lhe oferecem

Tem muita gente que recusa tudo que lhes é oferecido.


“Quer ajuda?” Não, ta tudo bem.


“Aceita um pedaço de bolo?” Não obrigado, estou bem


“Quer conversar sobre isso?” Não, ta tudo certo, obrigado.


“Deixa que eu pago essa” De maneira alguma, me sinto ofendido com isso.


“Eu faço isso pra você sem custo algum” Imagina! Jamais! Eu pago por tudo!


Eu era assim. Recusava tudo. Achava que estava atrapalhando as pessoas.


Mas hoje eu entendo que não é bem assim. Se as pessoas querem me ajudar, eu aceito e me sinto muito grato por tudo isso.


Penso que pode ser o universo retribuindo algo que fiz a outra pessoa.



5 – O que você recebe de volta não vem da mesma pessoa

Vamos supor que você ajudou um amigo. Você imagina que o “que vai, volta” e “tudo que você dá, você recebe”, certo? Então você espera esse amigo retribuir e ele não te ajuda em nada. Você se decepciona. Com seu amigo e com essa lei de dar e receber.


Mas aqui entra a chave. Você não recebe necessariamente pela mesma via. Você pode ajudar de um lado e receber de outro. É como se fosse um bumerangue. Você lança ele pra direita e ele volta pela esquerda.



6 – Deixar o tempo atuar

Eu gosto muito de uma frase que diz que “paciência é o intervalo entre semente e flor”. Tudo na natureza leva tempo. E isso se aplica a esse equilíbrio entre dar e receber.


Confie na natureza e no equilíbrio. O que você tem feito para ajudar, vai voltar para você (se você estiver aberto).



7 – Deixar o campo aberto

Você não sabe como vai voltar. Você não sabe o que vai receber de volta. Por isso, não pode esperar que venha do jeito que você contribuiu.


Exemplo pra facilitar o entendimento: Você emprestou mil reais para um amigo. Provavelmente ninguém vai aparecer hoje pra você e te dar mil reais pra manter o equilíbrio. Mas talvez alguém te convide para um evento, ou te indique para um cliente, ou você faça novos amigos. Quanto valem esses ganhos? Talvez valham muito mais que os mil reais.


Portanto, esteja aberto ao que pode vir. Não se feche esperando apenas os mil reais de volta.


O que quer dizer estar aberto?


Se alguém te convidar, vá. Se alguém de indicar, ligue. Se alguém te sugerir uma leitura, leia. Se alguém te chamar, escute. Se alguém te der uma dica, vá atrás dessa dica. O seu tesouro pode estar escondido atrás dessas oportunidades. Se você recusa tudo e acha que é auto-suficiente, não vai dar espaço pra essas oportunidades acontecerem.


Sair de casa também é estar aberto. Ninguém vai tocar sua campainha hoje.



8 – Aceite que você não sabe tudo

É normal que a gente comece a achar que já entendeu como tudo funciona e aí a gente fica muito independente.


Em algum momento a vida vai te dar uma rasteira e te mostrar que você não sabe nada.


Talvez aconteçam coisas ruins e você receba notícias inesperadas. Você vai sentir raiva, achar que o mundo é injusto e que não faz sentido.


Devemos aceitar que não sabemos nada. A gente é muito, mas muito pequeno perto de tudo o que existe. Se você tentar entender tudo, é provável que acabe frustrado.


Às vezes tudo o que nos resta é aceitar o que aconteceu, não tentar entender e confiar que existe sabedoria por trás daquilo que não entendemos.



9 – Gratidão

Sentir gratidão não é um blablabla. Gratidão é um sentimento poderosíssimo. Eu sinto que é como um ímã que me faz atrair coisas boas. Quanto mais grato me sinto, mas coisas boas parecem acontecer.


Quem me acompanha deve ver que uso mais “gratidão” que “obrigado”. Eu faço isso porque sinto que com um “obrigado” eu não consigo explicar o que sinto. Com “gratidão” sim.


Eu fui pesquisar a origem da palavra “obrigado” e vi que vem de “fico-lhe obrigado a…”. Então é como se eu tivesse contraindo uma dívida. Já gratidão é um sentimento. Cada vez que falo gratidão, sinto minha frequência se elevar. Então é por isso que uso mais.

Eu tenho observado esses fenômenos na minha vida ultimamente e vejo eles acontecerem o tempo todo comigo e com pessoas que conheço.


Eu não tenho a pretensão de dizer que é uma fórmula para receber tudo o que você deseja do mundo. E nem tenho a pretensão de dizer que são leis que eu descobri. Na real, nem sei se elas existem e se funcionam assim mesmo.


São apenas as coisas que tenho aprendido e achei que você pudesse querer observar também. 🙂

Autor: Gustavo Tanaka 
Autor do Livro “11 Dias de Despertar”
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