Gustavo Tanaka – “Por que parei de buscar meu propósito e por que acho que você deveria fazer o mesmo”

Gustavo Tanaka – “Por que parei de buscar meu propósito e por que acho que você deveria fazer o mesmo”

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Talvez o que eu estou escrevendo aqui vá contra tudo que você tem ouvido ultimamente.

Qual é o seu propósito? Qual é a sua missão? O que você veio fazer aqui?

Você deve ter ouvido essas perguntas muitas vezes nos últimos meses. E imagino que isso deva te causar um certo mal estar.

Não saber responder a essa pergunta traz uma sensação esquisita. Como é possível eu não conseguir responder a uma pergunta tão importante? Todo mundo deveria saber qual é seu propósito e sua missão. E viver a vida em função disso. Afinal de contas, todas as pessoas felizes, bem sucedidas e inspiradoras sabem, não é mesmo?

Bom, eu não sei. Não sei qual é o meu propósito ou a minha missão.

Por muitos anos fui atormentado por essa dúvida. Por essa falta de consciência.

Eu li muitos livros de espiritualidade, auto-ajuda e desenvolvimento pessoal. Perdi a conta de quantos testes de personalidade já fiz. Não faço a menor ideia de quantas palestras assisti e não sei quanto dinheiro já gastei com consultas esotéricas e sessões com pessoas que me ajudariam a responder a esses meus questionamentos.

Quanto mais eu buscava, parece que mais confuso eu ficava.

E isso fazia com que qualquer escolha fosse muito difícil.

“Será que é isso que eu devo fazer pelo resto da minha vida?”

“Será que é essa a atividade que eu vim aqui ao mundo para fazer?”

“Será que é esse meu real propósito?”

“Será que essas são as pessoas que devem estar ao meu lado?”

Qualquer pergunta com esse grau de complexidade parece ser impossível de ser respondida.

Pensar assim só me trazia mais angústia e ansiedade.

Então eu parei de tentar respondê-las.

Eu parei de tentar buscar propósito.

Parei de tentar entender tudo.

Eu aceitei que talvez eu jamais consiga entender tudo.

E resolvi simplificar as coisas.

Agora eu tento responder a uma única pergunta: “Eu tenho vontade de fazer isso hoje?”

Eu só penso se tenho vontade de fazer isso hoje ou não. Se a resposta for sim, eu faço, se a resposta for não, não faço. Simples assim.

Você recebeu uma proposta. Será que você deve aceitar? Se você tentar responder pensando pelo resto da sua vida, não vai saber responder. Mas pense se você tem vontade de fazer hoje.

Você tem uma ideia de negócio. Será que esse negócio é o seu propósito? Sei lá. Talvez você nunca saiba. Mas você está com vontade de fazer isso hoje?

Você quer fazer um curso, mas não sabe se vale a pena. Você tem vontade de fazer isso hoje? Sim ou não? Talvez nem seja a carreira que você vai fazer daqui a 10 anos. Mas hoje você tem vontade de fazer. E isso é tudo.

Você quer fazer uma viagem, mas não sabe se é agora é o melhor momento. Quando será o melhor momento? Será que você vai se arrepender? Se você tem vontade de ir hoje, isso é suficiente.

Talvez o que eu esteja fazendo hoje não seja o que eu vim aqui pra fazer. E tudo bem.

Talvez essa não seja a minha missão de vida ou o meu real propósito.

Mas eu to feliz fazendo hoje.

Eu não sei se vou continuar querendo fazer isso daqui a 30 anos. Não sei nem se vou querer continuar fazendo isso semana que vem.

Eu já mudei tanto na minha vida que nem sei mais quem eu sou. Então, é bem provável que eu mude mais umas centenas de vezes.

E acho que esse é o desafio. Aceitar que as coisas mudam, que eu mudo de ideia, que eu mudo de opinião e que amanhã não serei a mesma pessoa de hoje.

Eu só preciso ficar bem com as minhas escolhas.

Se hoje eu fizer o que tenho vontade de fazer, vou ficar bem.

Estamos fazendo da busca por propósito um monstro. Sempre que se dá muita importância a alguma coisa, ela vira um dragão gigantesco.

“Você deve escrever a sua missão de vida em uma única frase!”

Pare com isso!

Eu sou muito maior que uma frase. Eu sou muito mais que algumas palavras. Eu sou muito mais complexo e tenho milhões de variáveis que me afetam.

Todas as vezes que tentei escrever minha missão, sentia que era vazia. Que eram apenas palavras que eu escrevia para tentar enganar a mim mesmo.

Eu parei de buscar propósito. Parei de fazer perguntas existenciais. Parei de tentar escrever minha missão.

E minha vida ficou melhor.

Nota do Gabriel: Resumindo, a nossa missão de vida é apenas SER. Apenas SENDO nos conectamos ao Divino em nós e naturalmente todas as respostas que precisarmos no caminho chegarão. Sem estresse, sem dor, sem culpa, sem cansaço… 

Autor: Gustavo Tanaka 

Autor do Livro “11 Dias de Despertar”
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