Talita Rebello – “O amor está logo após a porta do amor próprio” – 29.07.2016

Talita Rebello – “O amor está logo após a porta do amor próprio” – 29.07.2016

Compartilhe esse artigo


Eu nunca fui uma princesa. Mas era bom acreditar em príncipe encantado.


Afinal, existia alguém nesse mundo cujo objetivo era me encontrar e me fazer feliz. Ele, sim, me respeitaria e me completaria. Ele não me abandonaria. Seríamos felizes para sempre.


Ops.. para sempre?


Ele viveria a minha vida e eu a dele?


Pensando bem, eu não suportaria.


Metade da laranja. Tampa da panela. Encaixe perfeito entre pessoas perfeitas.


Trata-se de uma uma expectativa irreal – e bastante limitante – plantada no nosso subconsciente para nos manter ocupados, sob controle, previsíveis.


Ocupados em enxergar os mil defeitos do nosso parceiro e ter a certeza de que ele não é a pessoa certa – afinal, o meu príncipe encantado é muito bem sucedido, cheiroso, carinhoso e inteligente.


Ocupados em planejar o futuro – pois quando ele chegar, então, a minha vida será perfeita.


Percebem que procuramos o amor, mas seguimos pela estrada da infelicidade, da solidão, da frustração?


Esperamos, quase como vítimas do presente, por alguém que nos resgate e resolva todas as nossas carências, acolha a nossa imperfeição – e, lembrem-se, semelhante atrai semelhante.


Isso não se parece com o amor. Parece-se com uma muleta que desejamos ardentemente possuir.


Está na hora de ressignificarmos os relacionamentos. Está na hora de nos curarmos. Está na hora de termos tempo de qualidade com as pessoas que, não por acaso, estão HOJE na nossa vida (incluindo nós mesmos).


O amor só existe onde a essência se manifesta e, para isso, é necessário o mais profundo acolhimento de si mesmo, é preciso permissão para ser o que se é (exatamente como se é).


O amor só existe onde há liberdade e, nesse espaço, não há sacrifício, não há medo, não há controle, não há garantias, não há amanhã.


O amor é a nossa verdade se manifestando no agora.


Nascemos inteiros e precisamos voltar ao estado de inteireza: amor próprio!


Pessoas completas que se atraem porque têm um objetivo em comum e, por ventura, afastam-se quando não há mais o que aprender – mas jamais deixam de amar: amam em gratidão.


Pessoas inteiras que não só permitem, mas também desejam que o outro floresça.


Para o amor não há caminho. O amor está logo após a porta do amor próprio. O amor está onde você estiver inteiro.

Talita Rebello 


Autor: Talita Rebello 
Fonte: https://www.facebook.com/talita.rebello

Veja mais Talita Rabello Aqui

Compartilhe esse artigo

About Author