Julie Redstone – “O significado de estar encarnado” – 22.08.2016

Julie Redstone – “O significado de estar encarnado” – 22.08.2016

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Enquanto avaliarmos o sucesso e a realização pela medida de nossos sentidos físicos, veremos o valor de nossa vida em termos do que fizemos, alcançamos ou criamos de uma forma visível, em vez de em termos do que trouxemos à Terra e à consciência de todos através de nossa estadia aqui.


Nosso ser transmite tanto à vida quanto o nosso “fazer”. E, no entanto, por causa de nossa orientação no sentido de vermos a realidade física como tudo o que há, tendemos a não acreditar que a nossa realidade interna está produzindo um efeito na vida assim como o nosso exterior, para melhor ou pior. Esta realidade interior consiste de pensamentos e sentimentos de que estamos conscientes, dos quais podemos nos esforçar para nos tornarmos mais responsáveis e mais seletivos, à medida que evoluímos espiritualmente. Ela também consiste dos pensamentos e sentimentos que existem abaixo do nível de nossa consciência e das energias que residem em nossos próprios corpos, nas células e tecidos que compõem os nossos órgãos e a nossa estrutura física. Tudo isto é a nossa “realidade interior”.


No entanto, além do pensamento e sentimento, a nossa realidade interior corresponde à luz que contemos em nossa alma e aos valores essenciais que trazemos como uma alma para o resto da vida, valores que informam o nosso coração e criam uma sensação do que mantemos como o mais importante na vida. Estes valores podem ser simples, mas profundos, e em sua profundidade, eles transmitem ao mundo a sua presença.


As qualidades de nossa alma, enquanto elas se comunicam com o nosso coração, estabelecem os valores que nos são mais caros, que fazem parte de nosso ser. São estes valores e a luz de nosso ser que participam de uma rede de consciência e de energia que é a rede à qual todos os seres humanos pertencem. Não podemos participar desta rede, pois a virtude de estarmos encarnados e a própria razão de termos assumido a encarnação é tanto para o nosso próprio aprendizado como um ser individual, como também para a contribuição que nós somos capazes de fazer à vida como um todo.


Amados, estamos acostumados a pensar em nós mesmos como pequenos e insignificantes e no mundo como muito grande e não afetado pela nossa existência. Nós nos imaginamos como uma pessoa entre bilhões de habitantes na Terra. Mas esta contagem pelo número é uma contagem baseada na separação dos outros. Ela se baseia na crença de que somos um indivíduo surgindo contra o resto, a fim de influenciá-los, a fim de influenciar esta grande massa dos “outros”. Esta é uma imagem incorreta, no entanto. Pois o resto da humanidade não está fora de nós. Pelo contrário, a nossa realidade interior e a realidade interior do resto da humanidade se interpenetram em todos os momentos. Compartilhamos os pensamentos, a energia e a consciência em todos os momentos. Como resultado, estamos sempre influenciando a “entidade” coletiva da qual somos uma parte. É por causa deste fato de um todo unificado, que não há separação entre o “um” que somos e os “bilhões” que os outros são.


A interpenetração do pensamento e da energia do corpo, mente e emoção, é um conforto e uma responsabilidade, pois a nossa importância para o bem-estar do todo, pede-nos que o que compartilhamos seja baseado em uma escolha para elevar, ajudar, permitir que os outros vivam melhor, que não prejudique o seu bem-estar. Tal desejo está em conformidade com os desejos de nosso eu mais profundo e nos exige um maior autoconhecimento, de modo que possamos optar por compartilhar o nosso senso mais profundo de valores, valores em comunhão com o nosso coração e alma.


A visão de nós mesmos como insignificantes não tem papel a desempenhar na consciência da Unidade, pois nesta consciência todos são importantes e todos estão afetando o outro, o tempo todo, alguns com mais luz e alguns com menos, mas cada um afetando o bem-estar do todo. Permita que este conhecimento seja um mandato, então, para afirmar a nossa identidade como filhos Divinos do Um, para reivindicá-la e permitir que ela informe as nossas decisões, nossos planos, nossos pensamentos, e as coisas a que prestamos atenção em nossa vida diária. Pois, somos amados pelo Universo e somos parte deste Universo em todos os momentos, e quando reivindicamos esta verdade, quando nos percebemos como importantes em nossa interação com todos os que encontramos, tornamo-nos mais capazes de agir de forma consciente e com a sabedoria que vive em nós, para o nosso benefício e para o benefício da Terra.


Com todo o amor e bênçãos,


Julie Redstone


Autor: Julie Redstone
Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br
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