Julie Redstone – “Redefinindo a depressão” – 25.08.2016

Julie Redstone – “Redefinindo a depressão” – 25.08.2016

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Hoje, milhões de pessoas no mundo vivem com depressão. A depressão vem a ser a primeira condição médica mais tratada; as antigas soluções para o problema tiveram um sucesso limitado ao tratá-la. A causa da depressão é atribuída a vários desequilíbrios.


No entanto, a depressão como uma experiência da consciência, é raramente atribuída a causas espirituais que, de fato, são mais fundamentais a sua presença, e dão origem às varias condições físicas que vemos, tanto ao nível do cérebro e em outros lugares.


Como é possível hoje redefinir a depressão? Da mesma maneira que olhamos dentro de nós mesmos todos os outros aspectos de nossa consciência para vermos de onde eles surgem e o que eles estão aqui para nos ensinar.


A Depressão é um mestre, e o que ela tem a ensinar é a natureza de uma busca, uma busca pela verdade, uma busca por significado, uma busca pelas bases de uma vida significativa. Muitos que estão deprimidos perderam a sensibilidade do sentido da vida e estão famintos por isto. Não importam quais sejam as suas limitações externas quando ela aparece para os outros, eles estão buscando o sentido e a luz que lhes trará uma resposta positiva para a questão: “Quem eu sou e por que estou aqui?”


Há muito sofrimento no mundo hoje e muita angústia causada por causas naturais e humanas. E assim, como espectadores, podemos, com um coração compassivo, compreender por que dadas certas condições externas de perda, tragédia, desastre ou violência, qualquer indivíduo poderia responder a estas circunstâncias com depressão. Nossa empatia, bem como a nossa mente racional nos diz que é assim, quando também confrontados com circunstâncias semelhantes, poderíamos responder. No entanto, não há nenhuma circunstância externa que “simplesmente aconteça”. Cada uma é um catalisador ou um indutor para o crescimento potencial na consciência daqueles a quem isto sucede, até mesmo quando é mais trágico, quando é mais doloroso. A depressão, da mesma forma, pode ser vista, desta maneira, como um mestre.


Não podemos ver que como mantemos a nossa consciência é a interface entre nós mesmos e a nossa vida externa? Não há nenhum significado que seja construído em qualquer situação, mas somente o significado que lhe damos. Assim, a depressão pode surgir não apenas porque a situação assim o exige, embora possa ser um catalisador para ela, mas porque a nossa consciência está tentando nos ensinar sobre como viver.


A depressão como um mestre nos leva a intensificar a nossa busca por um sentido e pela natureza positiva de nosso próprio ser que vive na esperança e confiança. Isto nos leva a sondar mais profundamente com antenas invisíveis, até o espaço em que a esperança possa ser encontrada, até o espaço em que a crença em nosso próprio potencial possa ser encontrada. Tal como acontece com qualquer outra condição física, emocional ou mental, a depressão é uma forma dolorosa de aprendizagem. Entretanto, ela pode ser escolhida pela alma antes de encarnar como um meio de deixar a superfície de si mesmo e encontrar as camadas mais profundas do nosso relacionamento com a vida.


Quando a depressão começar a ser encarada desta maneira, isto é, em um contexto espiritual, na natureza de uma busca, então, a fome pela luz da própria alma que é ao mesmo tempo, uma resposta à depressão e ao seu objetivo, será oferecida como um caminho para aqueles que estão em grande necessidade de luz e alimento espiritual, mas que nem mesmo sabem que estão procurando por isto. Quando tal perspectiva puder ser mantida por muitos, escolas de pensamento surgirão para tratar do problema da depressão que será baseado na luz, em vez de medicamentos, e ocorrerá uma integração nova de compreensão espiritual com compreensão médica ou fisiológica.


Por enquanto, vamos cada um, na medida em que somos vulneráveis ou conhecemos outras pessoas que são vulneráveis à depressão, ajudarmo-nos e a eles, com uma resposta ao seu desejo que é uma afirmação do que eles estão buscando, ou seja, a mais profunda conexão possível com a luz de sua própria alma.

Julie Redstone


Autor: Julie Redstone
Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br
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