JENNIFER HOFFMAN – "OS PAIS E A ENERGIA DO MASCULINO DIVINO" – 19.06.2017

JENNIFER HOFFMAN – "OS PAIS E A ENERGIA DO MASCULINO DIVINO" – 19.06.2017

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Que semana difícil foi com o sofrimento, a raiva e a tristeza mundial em relação às milhares de vítimas da Torre Grenfell, em Londres, os parentes dos mortos e desaparecidos, e as pessoas que morreram no inferno. E há a luta na Síria, a corrupção e a fraude que estão agora sendo reveladas, e assim as pessoas estão decepcionadas, irritadas e ultrajadas. Tudo isto faz parte do despertar e o final do Karma sobre o qual estive escrevendo por mais de uma década, que é também parte deste ciclo da ascensão.


Você está se sentindo um pouco oprimido? A diversão está apenas começando.



À medida que avançamos com mais velocidade, a necessidade de liberar a bagagem se torna clara. De fato, quanto mais rápido avançarmos, mais perceberemos isto. Ao celebrarmos o Dia dos Pais neste último fim de semana nos Estados Unidos, teremos o Solstício nos próximos dias e uma lua cheia. O Dia dos Pais nos Estados Unidos sempre coincide com o Solstício e o Sol representa o pai na astrologia. Isto pode ter criado muitos problemas em relação à energia do pai para você, especialmente se o seu relacionamento com o seu pai não foi tão maravilhoso. Nossos pais podem não ter sido a pessoa que queríamos que fossem, mas eles tiveram os seus problemas com que lidar. Durante séculos, a energia do pai foi traumatizada e carrega uma enorme impressão de pesar. Podemos liberá-la agora quando perdoamos os nossos pais e liberarmos qualquer bagagem emocional que tenhamos em torno deles. Sinto que conheço o meu pai agora melhor do que nunca, e ele morreu há quase 30 anos. Este é o tema da mensagem desta semana.


O Dia dos Pais foi em 19 de Junho nos Estados Unidos, um dia em que celebramos o nosso relacionamento com os nossos pais. Alguns não têm muito a celebrar, pois os nossos pais podem ter sido ausentes, desconhecidos ou tão emocionalmente distantes que não conseguimos encontrar uma razão para celebrar o nosso relacionamento com eles. Meu pai morreu há quase 30 anos e embora eu tenha passado grande parte de minha vida irritada com ele e imaginando se ele se importava comigo, sob qualquer condição, eu agora entendo muito mais sobre ele e posso realmente ser grata pelos presentes que ele me deu, em vez de me concentrar em como ele ignorou tantas oportunidades para mostrar o quanto ele me amava e se preocupava comigo.


Os pais refletem as nossas lições de poder e de amor, muitas vezes, através de suas limitações em vez de suas habilidades. Meu pai foi, como foram muitos dos homens de sua geração, emocionalmente perturbado. Órfão durante a Segunda Guerra Mundial, aos 4 anos, e adotado por estranhos em um país estranho, aos 7 anos, grande parte de sua vida foi vivida com a questão do que aconteceu a sua família biológica. Ele era quieto, introvertido e emocionalmente desconectado. No entanto, houve algumas vezes, como a primeira vez em que eu fui rejeitada por um menino que eu gostava, ele me confortou e me disse que eu era linda e que um dia iria encontrar alguém que me amasse e me apreciasse, amoroso e solidário.


Eu queria que ele fosse forte e poderoso, para me proteger e me mostrar que ele me amava, para que eu pudesse saber que eu era amada. Mas ele não se amava e nem se sentia digno do amor, com base em suas experiências de vida, assim ele não conseguia dar este tipo de amor para mim.


Meu pai, como muitos homens de sua geração, foi consumido pela dor, raiva, tristeza, impotência, e não tinha ideia de como expressar as suas emoções. Para a sua geração, as emoções eram para as mulheres, e “meninos grandes não choravam”. O que eu sei agora é que ele não poderia me dar o que ele não tinha; ele, simplesmente, não tinha as habilidades ou o conhecimento para estar emocionalmente presente para si mesmo, assim ele não poderia estar lá para mim, também.


Sinto que conheço o meu pai agora melhor do que nunca, e estou em paz com a pessoa que ele era, em vez de estar irritada com a pessoa que ele foi ou não, pois eu aprendi a aceitar o que ele nunca conseguiu ser. Foi necessário muito tempo para eu descobrir isto. Tive muitas expectativas em relação ao meu pai e fiquei muito zangada porque ele não as satisfez. Não conseguia reconhecer a sua dor, porque eu queria que ele diminuísse a minha, que me mostrasse que eu era poderosa e digna de amor. Ele viveu comigo durante os últimos meses de sua vida e isto me deu a oportunidade de ver a intensidade do seu sofrimento emocional, os sentimentos de desmerecimento, a profunda dor por ter sido separado de sua família, a tristeza que ele mantinha dentro dele e como o seu coração estava fechado. Momentos antes de sua morte, ele me disse que me amava, que estava orgulhoso de mim e se desculpou por não ter sido um pai melhor. Foram necessários mais de 30 anos para que ele dissesse isto para mim e isto foi a cura e a prova do amor que eu precisava.


Isto também foi um ponto de escolha para mim: eu conseguir aceitá-lo e seguir em frente, ou ficar com raiva e rejeitar este presente porque era muito pouco e demasiado tarde. Eu escolhi aceitá-lo (não imediatamente, contudo), grata por ele me amar o suficiente para encontrar a coragem de dizê-lo, mesmo que isto ocorresse nos últimos momentos de sua vida. Agora eu sei, com o entendimento que vem com a experiência, com a sabedoria que vem com a idade, e a compaixão por ele ser um pai, que as limitações emocionais de meu pai foram o seu presente para mim. Eu poderia escolher ser como ele, ou eu poderia optar por ser tão emocionalmente aberta quanto possível, e acabar com o legado do sofrimento, da mágoa, raiva, impotência e distância emocional, que foi o legado daquela geração.


Escolhemos nossos pais, mesmo os nossos pais distantes, ausentes ou feridos, de modo que possamos nos curar. A crença de que os pais deveriam ou não ter sido ———————————— (preencha o espaço em branco), coloca o ônus de nossa cura sobre eles e limita a nossa capacidade de aprendermos e nos curarmos de nossa jornada compartilhada.


Se eles foram terrivelmente abusivos ou extremamente amorosos, houve uma razão por tê-los escolhido e quando pudermos ser compassivos e perdoá-los e a nós mesmos, poderemos liberar existências de raiva e de decepção e aceitá-los pelo que eles são: seres humanos fazendo o melhor que eles podem, com o que eles aprenderam e sabem.


Se você teve pais bons ou ruins, seu pai é parte do seu grupo de almas, um aspecto importante de sua jornada de cura e outro reflexo de sua cura.


O Dia dos Pais acontece geralmente na semana do Solstício, que é uma comemoração do dia mais longo da luz do sol e o sol representa o pai na astrologia. É mais uma razão para nos realinharmos com uma perspectiva mais elevada em todos os nossos relacionamentos, mas, especialmente, com aqueles que nos esforçamos para entender, ou entrarmos em acordo, porque sentimos que eles estiveram falhando de muitas maneiras.


Há outro aspecto a considerar quando decidimos se passaremos as nossas vidas com ressentimento dos nossos pais, pelas suas precárias habilidades de paternidade, ou se iremos superar estas emoções e vê-los com bondade compassiva e compreensão, e este é o despertar da energia do Masculino Divino. Comemoramos a ascensão do Feminino Divino, após eons de supressão, o que foi parte do nosso Legado da Atlântida. A energia do Masculino Divino representa o reingresso do masculino ao seu centro cardíaco, do qual esteve desconectado por tanto tempo, enquanto o Feminino Divino foi desconectado do seu poder.


Através de inúmeros séculos de guerra, morte, domínio e controle, a energia masculina teve o seu coração partido, sendo consumida pela tristeza, que é um produto do seu trauma, e é o momento de que ela seja reconectada ao nível do coração e assim os homens poderão ser íntegros e completos novamente, reunidos ao amor incondicional que faz parte do seu projeto divino. Vemos isto na geração mais jovem de hoje, quando pais são cuidadores e provedores para os seus filhos, de uma maneira que a minha geração nunca foi.


Ao perdoarmos os nossos pais, liberamos esta velha energia e podem ser abertos os portais para que um profundo renascimento energético ocorra, para abençoar as futuras gerações com pais que sejam igualmente amorosos, compassivos, solidários e conscientes do seu poder, de maneiras que lhes permitam expressar todo o amor em seus corações para todos em sua vida. E ao assim fazermos, poderemos terminar com o legado do paradigma masculino do sofrimento, que tem sido uma poderosa limitação a nossa reconexão com o nosso próprio centro divino e uns com os outros.


Autor: Jennifer Hoffman 
Fonte: http://enlighteninglife.com/
Facebook: Jennifer Hoffman
Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br
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