Igor Mocarzel – “A força do perdão e a criação de uma nova vida”

Igor Mocarzel – “A força do perdão e a criação de uma nova vida”

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Todas as nossas ações, atitudes e escolhas causam efeitos (positivos ou não) em nossas vidas, seja na esfera pessoal ou coletiva. Assim é a Lei de Causa-Efeito ou também conhecida como Lei do Karma.

Perceba, se eu desejo materializar uma realidade diferente da minha atual, preciso realizar certos ajustes em minhas ações, pensamentos e sentimentos para comigo e com o mundo. Não há outra forma diferente dessa.

Você se pergunta muitas vezes o porquê de viver certos padrões repetitivos de relacionamentos, como por exemplo, traições, manipulações e ciúmes doentio. Se pergunta também o motivo de não conseguir engatar a “2ª marcha” para o crescimento, desenvolvimento ou outras experiências que deseja ardentemente vivenciar.

Olhe profundamente para si mesmo! Os seus movimentos atuais são suas atitudes vinculadas ao passado, ou seja, é uma mera repetição do que existiu. Observe que o apego a algo ou alguém de tempos atrás te impossibilita de viver o presente ou uma nova realidade.

Um exemplo clássico: Maria foi traída por João no passado. O relacionamento terminou e mais de 20 anos se passaram. Maria não consegue mais confiar em nenhuma outra pessoa, pois até hoje sente raiva, decepção, ira, pena de si mesma e acredita que será traída novamente. Mesmo assim, relacionou-se mais 3 vezes com outros parceiros, mas os relacionamentos também terminaram, pois foi traída 2 vezes e traiu 1 vez. Inserida nessa mentalidade, Maria está convicta que jamais terá um relacionamento feliz e saudável, tornando-se uma pessoa insegura, ciumenta, possessiva e muito difícil de conviver.

Podemos tirar algumas conclusões diretas dessa situação:

1. Maria não perdoou o seu passado (neste caso a pessoa João) pela traição e dor causadas.

2. Maria está apegada a essa dor do passado e a trouxe para o presente, resultando em mais traições (foi traída mais 2 vezes).

3. Maria fortalece a crença de que jamais será feliz, culpando-se e tendo pena de si mesma e, conforme, vai se tornando mais infeliz sua crença se fortalece(autoflagelação)

4. Maria se autossabota ao mudar suas ações e atitudes nos novos relacionamentos (ao ser insegura, possessiva, ciumenta)

5. A ira de Maria a fez agir da forma que ela mais despreza (tornando-se a pessoa infiel da vez), perpetuando a dor.

Ora, o exemplo acima mostra que quando não desapegamos do vínculo e atitudes que geraram a dor, sentimento negativo do passado, estamos sob o controle do ódio e da ira. E, dessa maneira, a pessoa se vitimiza e revive o mesmo processo.

material e/ou emocional que a ira despertou na raiz do problema. O passado virou o presente e o futuro jamais desabrochará desse modo.

Como se libertar dessas correntes que prendem a alma num eterno circulo vicioso e trágido?

Evidentemente, o novo jamais se apresentará se o velho ainda residir em seu interior. É necessário romper com os paradigmas do passado cristalizado que se faz presente. Deixe o universo fluir e trazer movimento de renovação e transmutação. As pessoas não são iguais, as experiências não são as mesmas e nem tudo está fadado a se repetir eternamente.

Use e abuse do PERDÃO. Ele permite encerrar ciclos e auxilia no rompimento de laços tóxicos enraizados no coração do indivíduo. Os sentimentos venenos referente ao passado doloroso se esvaem, como uma brisa suave após um longo dia de sol.

Não precisamos tentar compreender o motivo das ações das pessoas que nos machucaram. Não é necessária a racionalização desse processo, pois, muito provavelmente, morreremos sem saber o motivo daquelas ações passadas. Apenas perdoe para que o apego ao passado possa ser transcendido e você possa seguir em frente.

No caso da hipotética historinha da Maria, a melhor maneira dela curar essas feridas abertas e seguir rumo a uma vida mais feliz é utilizar da ferramenta da APATIA, ou seja, a mera observação sem julgamento de valor. Ela poderia muito bem falar para ele: – João, seu miserável, você não vale nada, mas eu te perdoo. Adeus. Essa é, obviamente, a forma mais comum de falarmos com as pessoas que nos feriram.

Entretanto, com a apatia, o perdão objetivo parece falso e mecânico, mas essa é a ideia mesmo. Usá-lo frequentemente, como um treino, uma lavagem cerebral positiva, porque com o tempo, tudo vai se incorporando naturalmente. É um trabalho constante, até obter a liberação total daquele sentimento. Saímos da complexidade da dor e olhamos a situação inteira em 3ª pessoa. Percebemos então, que todo esse emaranhado faz parte de um compromisso cósmico que ensina e engrandece. Nada é por acaso. Jamais duvide dessa Verdade.

Existem também dois conceitos de Perdão: o OBJETIVO e o SUBJETIVO.

Perdão Objetivo: existem sempre 2 pessoas na equação. Esse é o perdão do dia a dia. Alguém que age mal (agressor), sente culpa, e com o verdadeiro arrependimento, pede perdão ao agredido. Nesse caso, o agredido tem nas mãos a oportunidade única de perdoar e ensinar positivamente essa virtude a quem o feriu.

Se ao invés de perdão o agredido oferecer a ira ou a soberba, o veneno gerado continuará dentro de quem sofreu a agressão, sendo o agressor liberado. Afinal, ele arrependeu-se e buscou uma reparação de seus atos.

Lembre-se que perdoar não significa continuar por perto. Use a distância saudável, se esse for o caso. Você não deseja aquela carga dolorosa por perto, mas sim, seguir em frente. Continue perdoando dentro do seu coração, constantemente é como que um ato de confissão particular.

Perdão Subjetivo: esse é o Autoperdão. Você com você mesmo.

A atenção deve ser voltada para não cair na Autoflagelação, no pensamento de que deve sofrer a vida toda e carregar um fardo irreparável. É o tipo de perdão ideal para indivíduos que não admitem errar.

Neste caso o competente e titular do perdão são o mesmo ser. Diferente do perdão objetivo, cujo competente para perdoar é o agressor e o titular do perdão é o agredido.

Aqui, dois sentimentos são bastante relevantes nesse processo: Culpa e Arrependimento.

A culpa é um gatilho para romper com a normalidade. Ela traz uma reflexão sobre as suas ações. É responsável pelo julgamento de valor diante das próprias atitudes. Sem ela, jamais conseguiríamos discernir o bom do mal, do certo e do errado.

A atenção aqui é não se perder na culpa e se tornar inerte e estático que nada faz para perdoar ou ser perdoado. Ou seja, viver só de dor e amargura, remoendo as feridas, como um criminoso de alto escalão sem possibilidade de ser perdoado.

A culpa se bem utilizada permite o indivíduo a sentir o ARREPENDIMENTO: é o ato de entender o que foi feito de errado e buscar a sua reparação. Isso, definitivamente, leva a dignificação do ser humano. Entendo que sou falho e estou aprendendo (ou já aprendi) e vou em busca da mudança. Esse é o legítimo pensamento de um ser arrependido.

Então, para liberar o passado preciso:

1. que minhas atitudes sejam virtuosas para romper com o passado.

2. utilizar o perdão para abrir espaço para uma nova vida se manifestar.

3. modular minha realidade com a apatia, observação até que a transformação ocorra.

4. trabalhar com a culpa saudável e o arrependimento para incitar mudanças internas.

Para mais informações sobre o perdão, eu tenho uma live especial falando somente deste assunto, clique no link abaixo.

https://www.youtube.com/watch?v=3r0smgDKHRo&list=PLrE6WR3hEsdnec5pnGq5MC0-Pgd3OXEpq&index=23

Com muito amor, verdade e gratidão,

Igor Mocarzel

Revisão de Texto: Solange Yabushita

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