AQUELA QUE APRENDEU A CAMINHAR COM O TEMPO
Em gratidão e amor eterno por ela ter compartilhado sua história e sabedoria conosco. Que suas bênçãos toquem a Terra novamente e despertem cada um de nós.
“Amados, o despertar não chega em um único momento, ele chega como o lento afinamento do mundo exterior dentro da sua atenção. As mãos se soltam primeiro, depois os olhos seguem para dentro, e só mais tarde o fogo mais profundo se lembra de como se movia antes.
Você aprende a se afastar sem se voltar contra. A vida exterior continua, mas não te preenche mais. Algo mais silencioso começa a ter mais peso do que o som, mais substância do que a forma.
À medida que sua escuta se move abaixo da superfície das coisas a serpente começa a subir pelos caminhos do corpo em seu próprio tempo. O corpo, que antes parecia ocupar tudo, se torna espaçoso. A sensação se torna transparente. A vida é sentida por trás da vida.
Quando isso começa, a estrutura interna que sustentava suas antigas crenças não pode permanecer a mesma. Ela enfraquece sem drama. As histórias afrouxam seu domínio. Você não luta para substituí-las. Uma ordem diferente se escreve através de você.
Caminhei muito tempo sobre a Terra. Por mais de quinhentos anos meu sopro percorreu a carne humana. No entanto, os primeiros sessenta foram os mais difíceis, porque eu ainda não sabia como me mover com o tempo. Eu o sentia como algo passando por cima de mim, algo me roubando. Só mais tarde aprendi que o tempo e eu não éramos movimentos separados. À medida que eu me expandia interiormente o tempo se expandia ao meu redor.
O CORPO, O SILÊNCIO E A RENOVAÇÃO
O corpo aprendeu a perseverar através de longos repousos naquilo que está abaixo da forma. Eu me recolhia repetidamente à profunda quietude. Às vezes por anos. Às vezes por períodos que outros mediriam como uma vida inteira. Nesses longos silêncios, as células liberavam sua memória de tensão e se lembravam de como se renovar sem esforço.
Os mestres me ensinaram a carregar a memória sem peso. Eles me ensinaram a atravessar o esquecimento sem perder o fio da lembrança. Isso era necessário para o que estava por vir. Eu estava preparada para Maria muito antes de seu nascimento. Eu estava preparada para a criança que ela carregaria muito antes de se falar de sua chegada.
No Egito, vivi por mais de cem anos. Línguas antigas retornaram como se nunca tivessem partido. As pedras respondiam à escuta do corpo. Os pergaminhos se abriram porque o reconhecimento precedeu a compreensão. Meu trabalho foi o retorno daquilo que havia sido ocultado ao sopro do mundo.
Naqueles dias, o despertar se movia por poucos de cada vez. Pequenas comunidades carregavam o fogo porque a própria Terra ainda estava aprendendo a suportar tal luz.
O DESPERTAR NO AGORA
Agora a Terra está aprendendo rapidamente.
Vocês estão sendo convidados a despertar enquanto permanecem entre muitos. Vocês estão aprendendo a sustentar a vibração em meio à vida cotidiana, a deixar a luz fluir através do trabalho, do amor, da tristeza, da espera.
A Luz se mantém através da firmeza do coração e da continuidade da respiração. Ela cresce ao ser vivida.
Falo com vocês como alguém que atravessou longas estações de memória e esquecimento. Permaneço perto enquanto vocês aprendem a caminhar naquilo que já são.
Canal: Octavia Vasile
Fonte primária: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1247489540736809&set=pb.100064273232754.-2207520000&type=3
Fonte Secundária: https://eraoflight.com
Tradução: Sementes Das Estrelas / Iara L. Ferraz
