Vinícius Francis – “O Amor ou a Espada?” – 27.08.2015

Vinícius Francis – “O Amor ou a Espada?” – 27.08.2015

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Hoje esta linda árvore, do quintal da minha casa está ainda mais florida e bela. Então, resolvi fazer dela a ilustração para este texto. E interessante que, observei uma coisa que considerei relevante nas flores e usarei para puxar nosso papo, suas cores, branco e violeta. Tudo a ver com o que eu vou falar aqui, porque o branco representa a paz e o violeta, a transmutação ou transformação, segundo os raios da Fraternidade Branca.


São duas coisas que precisamos muito atualmente, em nossa nação, não é verdade? Pois bem, muita gente, que se encontra fora da verdadeira espiritualidade ou que ainda não a compreendeu, pensa que nós, os que estamos na dianteira de trabalhos da luz e responsáveis por difundir o Bem e seus ensinamentos genuínos, vendemos uma ilusão de felicidade e conto de fadas às pessoas. Pensam que oferecemos uma vida nos padrões “mar de rosa”, onde tudo é simplesmente lindo e “fru fru”.


Alguns chegam a se irritar com a filosofia (vamos dizer assim) que apregoamos, de que você cria a sua realidade e que é preciso vibrar positivamente em meio ao caos. Aos revoltados, isso soa como acomodação ou uma atitude de fuga, de fingir que não está vendo o real. E por isso, tais preceitos espiritualistas, perante essas pessoas mal informadas, soam como “irresponsáveis”.


Porque, como podemos simplesmente sorrir e ser feliz, vibrando em agradecimento se nosso país está caindo sobre nossas cabeças? Não é assim que eles protestam? Pois bem, é o direito deles pensar assim, claro! No entanto, vai uma pergunta: O que seria, segundo esses revoltados, o melhor a fazer? Inflamar as postagens nas redes sociais de indignação e revolta? Atirar pedras no governo e autuá-lo em cem por cento da responsabilidade por sofrermos a dita “crise”? Incitar o ódio e proferir maldições uns aos outros pela discordância política? Ou quem sabe, indo mais além, tirar o PT do poder? Essas são as soluções definitivas? 


Bom, se for isso o que revoltados pensam que funcionará, então, realmente estamos fadados ao fracasso como nação. Não, como humanidade. Como seres humanos, sentimos o baque do que ocorre na realidade, no entanto, o que tenta-se passar através do conhecimento da vida é justamente reagir diferente, só isso. E esse “só isso” tá difícil de ser engolido. 


Porque crucificamos aquele que veio, há dois mil anos, dar todas as respostas, para todos os problemas. E hoje, afirmamos ser seus seguidores, entretanto, nosso coração e nossas atitudes passam bem longe dos ensinamentos que ele deixou. 


Mesmo assim, levantamos a bandeira “Jesus Cristo é o Senhor”. Opa, Senhor? De quem mesmo? Do Brasil? Que Brasil? Não esse meu caro, esse não segue Jesus Cristo, então, não pode se dizer cristão ou seu seguidor.


Após dois mil anos ainda nos comportamos do mesmo jeito que aquela nação, da época em que ele vivia entre nós. Disseram que Jesus era pacífico demais e que o mundo não seria libertado pelo amor, mas pela espada. Os seus próprios seguidores, em dado momento, se revoltaram contra ele, porque o mesmo se recusou a erguer a espada da revolta, reunir o povo numa grande rebelião e derrotar Roma. Então, melhor crucificá-lo, não é? A proposta de Amor daquele cara era antiquada demais, comodista, para uma nação que se julgava vítima de um governo opressor, de uma religião hostil, cujos paradigmas aprisionavam o povo em tradições nada espirituais, tacanhas.


E hoje, o que vemos de diferente? Triste ter que escrever “nada”. Porque realmente, nesse sentido, de visão da vida, não mudou nada. Ainda se faz a mesma coisa. Os que estão aqui, enviados pela mesma Espiritualidade que enviou Jesus, pregam seus mesmos ensinamentos que são, resumidamente: Amar acima de todas as coisas, crer que tudo é possível e criar tudo com essa fé. E vem cá, e estes aí, são ouvidos pelo povo? Não, não pela maioria, apenas uma minoria recebe isso, ou seja, a mesma coisa que ocorreu há dois mil anos.


O povo sofre ainda os mesmos problemas, ainda está sob o jugo da dominação dos fortes e ainda insiste em acreditar que se derrota isso com a revolta, com a indignação, com a espada. E Jesus disse, claramente, quando Pedro feriu um dos oficiais que foi mandado para prendê-lo, que “Todos os que lançam mão da espada, pela espada morrerão”. Jesus, tendo dito isso, curou o oficial que estava ali para levá-lo. Ei, prestou atenção? Jesus curou quem foi enviado para conduzi-lo a juízo a fim de ser espancado, humilhado e depois, morto.


E você que está lendo esse texto, o que faz contra o que quer te ferir? O que você emite pelos seus inimigos? Você abençoa o seu país, o governo, a presidenta? Você abençoa aquela mulher ou é mais um que a apedreja? Porque se você faz isso, me diga aí, do que adianta a bandeira de cristão? Pra que o discurso se você faz o contrário do que é ensinado? Pare de ser hipócrita! Do que adianta dizer é filho de Deus se age com filho do capeta! É metafórico isso que eu escrevi, mas não está longe da realidade, infelizmente. 


Agora, a luz está aqui, passando adiante a mesma coisa e tem sido propagado isso aos quanto cantos da Terra, se cura o mal com o Bem. É  preciso vibrar positivo, é preciso mudar as crenças, se transformar, para que então, as coisas envolta se transformem. 


Agora, quantos fazem isso? Conta-se nos dedos né? A verdade é que a grande maioria ainda não quer a verdade, e como vítima, continua a reivindicar mudança, sem realmente se colocar em posição interior de provocá-la. A espada é mantida erguida como a solução e segue-se, colhendo o fruto da violência que é gerada. E quanto mais ferimos, mais somos feridos e isso vai até quando? O que enviamos, volta pra nós, é lei. Só que não entendem isso, a ficha não cai, por isso nada muda como poderia mudar. Então, segue-se a vida na Terra, com o mesmo carma de dois mil anos atrás, a mesma situação, os mesmos comportamentos e claro, os mesmos resultados.


Quanto a nós, os “acomodados de plantão”, segundo os revoltados, seguiremos espalhando a filosofia daquele que dizem ser amado, mas ainda não foi compreendido, tampouco seguido. E no dia em que a humanidade mudar, de verdade, não vai ser preciso tirar ninguém do poder e nem encher as ruas de multidões para reivindicar seus direitos, a mudança será inevitável. 


Mas aí, vem novamente os revoltados e afirmam: Mas nós não podemos nos calar, temos o dever de lutar pelos nosso direitos e blá blá blá… A mesma história, dos revolucionários armados com a espada que, apesar de boas ideias, não mudaram muita coisa, pois o paradigma permanece, mesmo depois de tantos esforços. E vai permanecer, porque o paradigma que se instalou na Terra não pode ser retirado pelo esforço. A única saída é conhecer as leis do Criador, sua ciência, sua mente, sua inteligência e usar isso de maneira que realmente funcione. Do contrário, as coisas seguirão assim, como estão, um jogando a culpa no outro. 


E quando se cansarem disso, tomara que experimentem a filosofia “acomodada” que a Espiritualidade dissemina, tomara que sigam a ideia do “crer para ver”, do “amar os que nos odeiam e orar pelos que nos perseguem” e do “Eu e o Pai somos Um” . Ah, se a humanidade experimentasse isso! 


Seja abençoado!


Vinícius Francis


Autor: Vinícius Francis 
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