Queridos amigos, eu sou Jeshua e saúdo-os às margens do Nilo! Estou tão contente de estar aqui com vocês! Como família, nós nos reunimos com muita frequência, em lugares diferentes, em culturas diferentes. Existe um fio que nos une e guia; é o fio da vida e consciência que procura manifestar-se mais ampla e profundamente na Terra.
A vida em nós anseia por consciência. E a consciência em nós deseja vida. A Terra nos oferece vida através de nossos corpos e emoções. Estes representam a Vida em nós, como um rio sempre fluindo, algumas vezes selvagem e incontrolável, fazendo-nos sentir como se estivéssemos nos afogando, inseguros sobre a direção que estamos tomando.
A vida tem a liberdade em seu coração. A vida deseja viver! Para a vida, estar vivo é um propósito em si mesmo; pode-se dizer que ela está cansada de “propósitos externos”. Vocês podem perceber isto quando observam a natureza: os pássaros, as montanhas, as flores… a natureza está intensamente viva! Ao testemunharem sua entrega despreocupada às forças e ciclos da vida, vocês podem compreender que o sentido da vida não pode estar do lado de fora, mas dentro da experiência da própria vida.
Entretanto, viver a vida requer consciência. Quanto mais conscientes e atentos vocês forem, mas abundante e plena a vida se tornará. Como seres humanos, lhes é solicitado que expandam sua consciência, para que a vida possa evoluir e expressar-se de modos mais criativos. A consciência traz mais espaço e liberdade. Ao observarem os animais na natureza, verão que eles estão cheios de vida pura, no entanto a maioria se mantém confinada ao reino de seus instintos, à sua animalidade. Cada um de vocês, como ser humano, também possui uma natureza animal, mas, ao mesmo tempo, traz dentro de si uma centelha de luz e percepção, que lhe dá a possibilidade de transcender sua natureza animal e acrescentar algo mais a ela. Este algo mais é a sua consciência, que permeia a vida com significado, direção e, finalmente, amor.
Esta consciência é você; é a centelha divina em seu interior. Esta centelha divina deseja fundir-se e dançar com a vida, com a encarnação, com a carne e o sangue do seu corpo. A centelha original de Deus, que se encontra dentro de você, tem o desejo de vivenciar a vida ao máximo, absorvê-la em todas as células do seu corpo, em benefício da própria experiência. A consciência anseia por vida, e a vida deseja consciência. Se você deixar que elas dancem juntas, encontrará significado e satisfação em sua vida.
O ser humano geralmente pensa que precisa conseguir algo em particular na sua vida, e mantém seu foco em algum tipo de objetivo ou propósito final. Se ainda estiver preso aos padrões da sociedade, aos valores do mundo exterior, vivendo a maior parte do tempo de acordo com eles, provavelmente estará focalizando metas externas, como um bom emprego ou carreira de sucesso, um relacionamento ou casamento, filhos, casa… Se estiver mais orientado para a espiritualidade e o mundo interior, poderá estar buscando purificação, iluminação ou equilíbrio interior.
Este último pode parecer um objetivo mais respeitável, no entanto, mesmo com o desejo de alcançar a iluminação, você não toca o motivo essencial da sua presença aqui. Por trás de todo o seu esforço nessa busca, geralmente há uma negação da própria vida. Você está aqui para experienciar a vida – em total entrega – e em seguida envolver essa experiência com a sua consciência, como braços abraçando a vida e sustentando-a para que floresça e evolua. Mas muitas vezes você luta com a vida.
Na maioria das pessoas, o poder original da Consciência se reduziu à energia do pensamento e análise, à energia da cabeça. Você tem emoções, desejos e paixões, e então começa a pensar: “Como devo lidar com isto? Isto é bom ou é ruim? Como posso entender isto, controlá-lo, mudá-lo? Como posso atingir minhas metas?” Deste modo, a Vida dentro de você – em sua manifestação livre e indomável – é interrompida e restringida. Ela é contrariada, e até atacada, pelo pensamento. Ao invés de uma dança mútua entre a Vida e a Consciência, surge um vazio e elas se tornam separadas dentro de você. A vida fica reduzida a emoções (reprimidas), e a Consciência fica confinada ao pensamento (geralmente de preocupação).
Isto aconteceu com praticamente todas as pessoas: uma separação entre sua parte pensante – que julga e procura controlar – e sua parte emocional, que tem vida própria e realmente não pode ser restringida pela mente. Você foi dividido. Vida e consciência não conseguem unir-se dentro de você. E assim você passa a se perceber como um ser constituído de um eu “superior” e um eu “inferior”. Sua parte pensante não é capaz de lidar construtivamente com suas paixões e emoções. A maioria das religiões da Terra procura controlar ou “transcender” a energia emocional e a sexual no ser humano – danificando, assim, a fonte viva da criatividade e inspiração em seu interior. Somente muito poucos ensinamentos espirituais abraçam totalmente a Vida, a natureza, a Terra, reconhecendo-as como parceiras da Consciência.
O que estou contando aqui não é uma simples estória abstrata. Todos vocês passaram por esta luta dolorosa com sua própria natureza humana, este abismo artificial entre vida e consciência; e não somente nesta vida, mas em vidas anteriores também. Você sabe o que é sentir-se dividido internamente, separado do seu eu verdadeiro, seu eu real. Seu eu verdadeiro está muito vivo. Comparado com seu eu verdadeiro, você está metade morto!
Há tanta coisa que você não está se permitindo fazer ou sentir! Você carrega tantos tabus dentro de si: “Este sentimento (ou desejo, ou pensamento) é ruim; eu devia superá-lo! Como ainda não me libertei disto?” Uma sensação de fracasso ou de estar constantemente falhando o acompanha. Deste modo, a vida não consegue aproximar-se de você, e nem você dela. Você tem um relacionamento problemático com sua natureza humana. Isto impede a alma de entrar na sua vida e no seu ser. A alma deseja viver! Ela quer mostrar a si mesma através das suas emoções, sonhos e desejos, luz e escuridão, “bom” e “ruim”. A alma quer se vestir com a sua natureza humana, com o seu corpo vivente. Você está lhe negando acesso porque não está se permitindo ser.
Eu não estou criticando-o por isto; meu objetivo é fazer com que se conscientize de que você vem de uma longa tradição, na qual as pessoas tentaram controlar a vida (tanto a vida interior – sua natureza humana – quanto a exterior, ou seja, a própria Terra). Meu objetivo é torna-lo consciente dessa questão, para que possa começar a se libertar dela.
Cada um de vocês carrega consigo uma longa história. É significativo que este grupo esteja aqui no Egito, neste momento, neste lugar e instante. Eu gostaria de falar algo especificamente sobre isto. No Antigo Egito havia muito conhecimento disponível a respeito do mundo interior, da psique, e havia também uma conexão aberta com outros reinos fora da Terra. O uso de poderes psíquicos e do terceiro olho era muito mais comum do que é hoje. Não existia nenhuma separação entre o normal e o paranormal. A energia psíquica, a energia de intenção e foco, era aplicada em diversos empreendimentos do cotidiano e usada, inclusive, na construção de edifícios, na política, na guerra e no comércio.
A espiritualidade fazia parte da existência diária e influenciava todos os aspectos da vida. Por um lado, havia uma profunda consciência do poder da psique humana e sua capacidade de criar e alterar a realidade física. O conhecimento esotérico atingiu um nível muito elevado. Por outro lado, havia um grande desequilíbrio e injustiça social no Egito antigo. Durante muitos séculos, as elites de poder se agarraram firmemente às suas posições privilegiadas e impediram que pessoas comuns expandissem sua consciência. Havia, ao mesmo tempo, florescimento e repressão da consciência. O abuso e a manipulação do poder psíquico eram usados habitualmente, e a inspiração original, que chegava à cultura egípcia de outros reinos do universo, era em grande parte reprimida e desfigurada por aqueles que estavam no poder.
As influências extraterrestres, das quais falo, continham sementes puras de luz que visavam ajudar a humanidade a adquirir mais liberdade e consciência. O conhecimento que era canalizado para a Terra tinha o propósito de capacitar os seres humanos a conectar sua natureza animal com a presença da sua alma; de criar uma ponte entre a personalidade e a alma, entre a vida e a consciência.
O Egito foi o berço e a terra natal de profundo conhecimento esotérico, vindo à Terra de lugares altamente desenvolvidos do universo. Esse conhecimento e consciência eram recebidos pelos corações e mentes das pessoas que viviam naquela época, e que estavam abertas ao influxo dessa consciência nova, clara e revolucionária. Eram artistas, escritores, pessoas comuns com o coração aberto, e alguns governantes que enxergavam além da necessidade de poder. A arte, os mitos e os edifícios monumentais do Antigo Egito são testemunhas da profundidade e poder desse impulso cósmico.
Há uma espécie de magia na cultura do Egito Antigo, que pode ser sentida como um chamado, quando se caminha entre os restos dos templos e tumbas. Muitos de vocês viveram nessa área no passado. Vocês conhecem o lado luz e o lado sombra dessa cultura. E têm uma percepção inata do que aconteceu com o conhecimento esotérico e os poderes do terceiro olho – como eles foram corrompidos em favor das lutas de poder e guerras. Alguns de vocês foram canais ou sensitivos e sentiam uma conexão verdadeira da vida com os campos de força sobrenatural e as energias superiores. E enfrentaram um dilema angustiante… como expressar seu conhecimento e inspiração num ambiente que poderia usá-los para benefício pessoal, ou para reprimir a liberdade e a verdade? Vocês ainda trazem dentro de si a dor relacionada ao abuso do poder daquela época, a ainda podem ser assombrados pelo medo de comprometer sua integridade quando começam a usar seus dons de leitura psíquica, cura e canalização hoje em dia.
Estou aqui para lhes dizer que podem fazer isto agora; vocês podem usar sua capacidade de canalizar, de perceber energias e compartilhar seus conhecimentos dos reinos internos, da vida e da morte. O impulso de luz e conscientização, que foi a origem das mais elevadas expressões da cultura egípcia, ainda está esperando para ser totalmente recebido. Ele não pode ser absorvido completamente naquela época, porque a consciência humana na Terra ainda não estava pronta. Podemos compará-la com o nascimento de uma criança morta. Ela foi trazida à Terra, mas ainda não podia viver aqui; as circunstâncias eram muito difíceis, e o bebê era frágil demais. Entretanto, apesar de ser um natimorto, essa criança estava lá e foi notada, foi reconhecida por algumas pessoas como portadora de luz e liberdade.
Vocês são chamados aqui hoje para trazer sua sabedoria, intuição e clareza mental para o mundo, compartilhá-las a partir de um coração aberto, sem abusar do poder, e respeitando sua condição humana. Vocês estão aqui para completar a missão, para cumprir uma promessa que lhes era muito querida. Vocês são os portadores da luz; e estão aqui para criar mudanças. Agora é possível fazer isto sem medo de perder a liberdade e integridade.
Vocês vivem numa época diferente agora. A consciência coletiva está atingindo o limite de medo e separação. Existe uma conscientização crescente da necessidade de mudança, não somente no nível externo, mas também no interno, uma mudança de coração. A humanidade está começando a perceber que a energia mais necessária agora é o Amor. O Amor é a energia da conexão, ele reconhece o que une as pessoas, o que as torna iguais; ele cria empatia e compaixão. O Amor é o construtor de pontes. O Amor é a ponte entre o Céu e a Terra. A presença do Amor está crescendo na sociedade humana como um todo. Cada vez mais pessoas estão sendo encorajadas a respeitar e expressar sua natureza individual; isto é um sinal de amor. Ser livre para explorar o que se é e expressar a si mesmo – seja feminino, masculino, jovem, velho, rico, pobre, etc… – está sendo cada vez mais considerado um objetivo desejável, hoje em dia. Isto é um progresso incrível! Embora a realidade ainda não corresponda ao ideal em muitas áreas do mundo, o fato deste objetivo ser publicamente considerado respeitável e essencial é um indício de expansão da consciência.
A livre expressão da sua natureza individual não era possível no Egito antigo, ou apenas muito limitada. Mas, desta vez, você nasceu num mundo em que existe cada vez mais espaço para a vida novamente. A personalidade humana, com todas as suas paixões, emoções e peculiaridades, pode vir à luz da conscientização agora e ser redimida. Este é realmente o verdadeiro propósito da espiritualidade, da consciência: honrar e respeitar a vida em sua expressão mais individual, que é a alma humana, e ajudá-la a desabrochar e se expandir com criatividade e alegria.
Para conectar vida e consciência dentro de si, acolha a sua vitalidade, suas emoções, sua natureza humana. Acolha-as sem julgamento, aceite a si mesmo, seja livre! Abandone os julgamentos espirituais, não se reprima, mas permita que sua consciência aberta penetre profundamente suas emoções mais sombrias. Esta é a alquimia que você está procurando.
Quando permitir que a consciência e a vida, a percepção e a emoção dancem juntas num abraço amoroso, você se tornará livre! Aprenderá a entender as mensagens por trás das suas emoções mais sombrias e mais luminosas, e trabalhará com elas ao invés de lutar contra elas. Vida é emoção. A vida, em forma de emoção, grita para a consciência: “Veja-me, sinta-me, preencha-me com sua luz!”
A alma é a portadora da consciência, e quanto mais você envolve suas emoções com consciência, mais facilmente sua alma desce e se funde com sua personalidade. Quando isto acontece, você se sente vivo e feliz, embora os problemas continuem vindo e indo, e você tenha que enfrentar as questões típicas, que todos os seres humanos enfrentam. A alegria é o sinal mais confiável de que você está se tornando inteiro: uma fusão entre vida e consciência, sempre se movendo e se desenvolvendo, e, ao mesmo tempo, seguro nos braços da Eternidade.