REILI E DUBALI

REILI E DUBALI

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Reili e Dubali, Cavaleiros da Luz de Oxan-by, Raio de Olorum, foram dois cavaleiros mercenários que, ao se depararem com Jesus, subindo em seu calvário, despertaram para o Amor, graças ao singelo olhar do Amado Mestre. Eles representam a Força da Libertação dos seres imersos no ódio e atuam diretamente nos grandes trabalhos desobsessivos. Um ser que coloca-se à disposição das Forças da Luz para atuar como um direcionador, de seres negativados, às câmaras de restauração pode conectar-se mais diretamente com um deles e assim receber suas projeções, nesses trabalhos.

Reili e Dubali, dois valentes guerreiros mercenários que, à frente de dezenas de homens, se digladiavam, com intensa repulsa um pelo outro.

As sincronicidades permitiram que aqueles líderes, que respeitavam o regulamento (que não permitia que dois comandantes ou capitães se batessem à frente das tropas, pois seria covardia se assim procedessem), no instante preciso subissem o calvário, sem olhar para trás, não sabendo um por onde o outro caminhava, sem um ver o outro, pois subiam um por cada lado. Os dois novamente se confrontaram, porém sem notar um a presença do outro, pois ambos estavam com a atenção voltada para um grupo de homens e mulheres que choravam, enquanto outros riam por verem Jesus subir o morro, carregando a sua cruz.

Ambos estavam de olhos parados quando Jesus, descansando, com o olhar amargurado, lançou-lhes um olhar cheio de ternura, como se lhes dissesse: “Filhos, amai-vos uns aos outros!”.

Dubali, olhando para Reili, deixou cair a sua lança. Reili seguiu seu gesto. Os dois se abraçaram, vendo que nenhuma dor poderia ser igual à de Jesus. Abraçados, ouviram os chicotes dos soldados de César. Dubali, chegando bem próximo à Jesus, ofereceu-lhe todo o seu exército para salvá-lo. Reili fez a mesma oferta. Jesus não quis, dizendo: O meu Reino não é deste mundo!

Dubali e Reili saíram dali com o coração cheio de dor. Porém, não esqueciam aquele olhar de profundo amor e esperança!

Aquele olhar modificara totalmente o curso de suas vidas. Saíram dali e voltaram para junto de suas tropas. Os dois, sem dizer uma palavra, deram-se as mãos. Dubali chegou à sua tropa e, como que por encanto, todos vieram ao seu encontro, perguntando: “Viu Jesus de Nazaré?”

Vimos!… Sentimos o seu olhar!… Estamos cheios de esperança!

Nisso, o grande exército de Reili foi chegando. Ninguém se moveu. Estavam todos extasiados. Reili foi descendo e, num impulso, novamente abraçou-se com Dubali. Agora, estavam em frente às suas tropas. Os dois unificaram suas tropas, formando uma grande força. Todos, emocionados, tiveram os olhos rasos de lágrimas, porque não ficou só ali a graça de Jesus. Já seria suficiente que aqueles dois líderes tivessem em seus corações e em suas mentes aquele olhar!

Quarenta dias se passaram sem que os dois fidalgos soubessem o paradeiro de Jesus. Tinham medo de falar em seu santo nome. Tinham medo de falar e perder aquele encanto, aquela luz de esperança, aquela alegria de viver, aquela sublimação tão bela que haviam adquirido. Não perguntavam um ao outro o que deveriam fazer.

Sabiam o que era bom para eles: AMAI-VOS UNS AOS OUTROS!

Ambos viajavam, calados, quando Dubali quebrou a sintonia daquele silêncio: “Como se sente?” “Bem! A esperança do mundo está dentro do meu coração. Sinto desejos pela minha Sabarana!”, disse Reili. Sorriam, quando uma carruagem parou e um ancião, angustiado, lhes pediu: Senhores! Pagamos tudo o que quiserem, mas vão salvar meu filho, minha nora e meus netos, que estão presos nas garras do povo de Zairo. Vão tomar nossa pequena dinastia e juntá-la ao povo dele.

Os dois se entreolharam e partiram para a luta. Porém, foi diferente. Procuraram o chefe e os três dialogaram. Fizeram um ataque. Ninguém morreu e os assaltantes fugiram dali. Reili e Dubali repartiram seus honorários e continuaram em suas batalhas. Mas jamais perderam o amor de Jesus!  Finalmente, o desejo de Reili teve fim. Chegaram à mansão de sua linda Sabarana. Porém, quem veio recebê-los foi a bela Doragana: “Oh, meu querido cunhado! Vimos Jesus! Levamos Sabarana e Ele não a curou!…

“Onde está ela?” perguntou Dubali.

“Aqui!” – falou a linda Sabarana, chegando com dificuldades e abraçando Reili, que estava com os olhos cheios de lágrimas, repetindo: “Vistes Jesus e Ele não te curou?”.  Sim. Ele me disse: pagarás ceitil por ceitil. Dubali colocou a mão sobre sua boca, não a deixando mais falar. Com firmeza, falou: “Jesus, eu te amo, porque enchestes de amor a minha vida… Devolve a visão a esta mulher, que é a vida de meu irmão, e juntos pagaremos ceitil por ceitil tudo o que devemos! Nisso, apareceu uma luz radiante, e Sabarana voltou a enxergar. Dubali teve seu coração inteiramente transformado pelo Cristo e confiança e amor permitiram aquela cura. Dubali se apaixonou pela bela Doragana, e assim, continuaram sua jornada.

(Readaptação do texto de Tia Neiva, fundadora do Vale do Amanhecer – 21.11.1981)

 

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