Desde a adolescência, sofri muito com a Síndrome do Pânico.
Meu conhecimento sobre o tema, é fruto de minha experiência e busca pela cura.
Naquela ocasião, quase não se falava sobre o assunto. Havia pouca pesquisa e muito preconceito. Por isto, tive grande dificuldade para encontrar informações que me ajudassem a compreender o que se passava comigo. Já faz mais de trinta anos que tudo começou e hoje posso afirmar que foi um caminho de estudos e aprendizado sobre a síndrome, as causas e o tratamento mais adequado. Entender a dinâmica que envolve não somente a síndrome do pânico, como também tantos outros transtornos psicológicos, que acometem cada vez mais pessoas, gerando desconforto, sofrimento e prejudicando a qualidade de vida.
Taquicardia, falta de ar, dor ou desconforto no peito, formigamento, tontura, tremores, náusea ou desconforto abdominal, embaçamento da visão, boca seca, dificuldade de engolir, sudorese, ondas de calor ou frio, sensação de irrealidade, despersonalização, sensação de iminência da morte.
A psiquiatria trata os sintomas com medicação antidepressivos e ansiolíticos junto à psicoterapia. As crises repetidas desses sintomas desagradáveis podem acontecer a qualquer instante sem nenhuma explicação aparente e se diferenciam de uma fobia que é caracterizada por um temor específico.
As crises de pânico estão associadas a um alto e constante grau de ansiedade. Entretanto, não basta ser ansioso para desenvolver o transtorno. Outros fatores devem ser observados na homeostase multidimensional do ser.
Sabemos que hoje vivemos uma vida mais agitada e estressante. Excesso de informações e uma corrida conta o tempo. A cultura do imediatismo e a busca por controle promovida pelo medo constante. Nesta luta contra as adversidades e imprevisibilidade da vida, tornamo-nos ansiosos.
Cada um de nós tem seu modo particular de lidar com a ansiedade e o corpo nos responde por meio do metabolismo. Importante reconhecer que somos responsáveis pelo que pensamos e sentimos e que o corpo acredita naquilo que enviamos a ele como mensagem. Numa situação de perigo real ou imaginário, o sistema endócrino é ativado, pelo cérebro límbico, liberando os hormônios responsáveis por preparar o corpo a reagir lutando ou fugindo. A adrenalina e o cortisol provocam a sintomatologia do pânico.
Precisamos nos sentir seguros e queremos controlar todas as coisas, mas a síndrome do pânico, não tem relação com nenhum fator estressante específico, ela se dá a qualquer momento, sem explicação sobre sua origem. Este é o grande mistério para a ciência. Pode-se dizer que a síndrome é uma reação crônica em que o corpo já não consegue controlar o estresse. Porém, abre-se uma lacuna, como páginas de um livro que não foram escritas. Não há como explicar o ser humano apenas pela simplória e limitante crença materialista.
Pela ótica transpessoal, temos uma abrangente compreensão das causas , do processo que desencadeia as crises de pânico e da metodologia e técnicas para a cura. Sim, o transtorno do pânico tem cura!
Somos seres constituídos por emoções, sentimentos, pensamentos. Cada “parte” desse sistema que nos compõem tem sua representação energética condensada em nossa aura. Somos energia e Einsten demonstrou cientificamente que toda matéria é energia condensada.
Além do corpo físico, somos a expressão de nossos corpos sutis: vital, emocional ,mental e espiritual. Guardamos um repertório de vivências desta e de outras vidas, que resultam em nossa condição energética atual, impressas em nossos corpos.
Cada pessoa possui sua estrutura energética conforme seu padrão vibratório, que reflete em sua fisiologia e parafisiologia (O termo “parafisologia” se refere aos corpos sutis.). A integração entre corpo físico e corpos sutis determinará o grau de sensibilidade de cada ser aos estímulos da vida terrena e extra-corpórea.
A síndrome do pânico é comum entre pessoas com alto grau de sensibilidade, aos médiuns mais aflorados. A mediunidade de incorporação e psicofonia explica a sensação de despersonalização e morte iminente. Há um afastamento ou descompensação vibratória entre seus corpos físico e sutil.
A mediunidade é comum a todos nós, porém algumas pessoas são mais “abertas” às influências energéticas e espirituais, devido sua parafisiologia . Os espíritos se aproximam do médium e ele sente em seu corpo físico a alteração metabólica, acionada pelo sistema endócrino. Alguns médiuns são “hipersensíveis” às emanações fluídicas de outros espíritos, de objetos e ambientes. Sem nenhum conhecimento e consciência se tornam joguetes das influências alheias.
A nível psicológico, podemos dizer que, quando nos sentimos depressivos, descontentes, magoados, mal amados e não temos um suporte suficiente para nos libertar das amarras do vitimismo, podemos provocar a nossa despersonalização e descompensação vibratória, porque nos sentimos infelizes com nossas vidas, com o que somos. É como se fugíssemos de nós mesmos e da vida. Perdemos nossa conexão com a Terra. Tornamo-nos alvos fáceis das energias negativas que desestruturam e desequilibram, sofrendo os ataques energéticos que resultam nas crises de pânico.
A despersonalização é uma sensação de estar enlouquecendo, perdendo a identidade, a pessoa sente que não é mais ela mesma. Essa sensação é a perda temporária de seu ego, sua identidade pessoal nesta vida. Por isto provoca o medo da aniquilação. Perder a consciência de si é como a morte do ego.
Os esquizofrênicos lidam com a despersonalização de uma forma muito corriqueira. O limite que separa a esquizofrenia da mediunidade desenvolvida, é que o médium bem treinado, conscientemente deixa que sua personalidade se afaste um pouco para que outros espíritos se manifestem e com total controle do episódio, quando quer, pode voltar a si, após terminar a canalização.
Os medicamentos alopáticos apenas entorpecem os sentidos mais sutis e não curam. além de criarem dependência física e psicológica.
O uso de drogas, as crises de violência e raiva e alguns traumas também podem fazer surgir a síndrome, além dos ataques obsessivos de espíritos sofredores desencarnados.
Relevante notar que seja qual for a causa, ela sempre provocará um rasgo no véu fluídico que nos separa do mundo espiritual, que é um tipo de tela etérica protetora que impede esta conexão descontrolada.
O tratamento para a cura da Síndrome do Pânico, na visão transpessoal, tem como base o reequilíbrio do ser integral e multidimensional, visando os aspectos físicos, energéticos, emocionais, mentais e espirituais que compõem o homem-espírito. Psicoterapia transpessoal, manipulação energética para harmonização dos chacras e da aura como um todo. Autoconhecimento, entendimento dos estados alterados de consciência, yogaterapia, educação mediúnica. Compreensão do ser integral e transformação vibratória.
Na mediunidade desequilibrada, sintonizamos o mundo sutil, com as emanações fluídicas mais grosseiras dos espíritos que se encontram em sofrimento e de outras influências energéticas que sensibilizam a aura. À medida que amadurecemos, vamos acessando as emanações mais sutis dos nossos guias espirituaise aprendemos a manipular as energias sutis. lembrando que todos somos médiuns e interagimos com as energias das diversas camadas dimensionais.
A mediunidade, ou sexto sentido, apesar de ser tratada nos centros espíritas, não pode se restringir ao âmbito religioso. Ter mediunidade não significa compromisso religioso. Os desequilíbrios mediúnicos precisam ser desmistificados e tratados de forma integral.
Eu prefiro chamar a Síndrome do Pânico como Descompensação Vibratória que produz uma série de sintomas associados aos centros nervosos e chacras, influenciando todo o sistema endócrino e a liberação hormonal.
Para os médiuns que já nascem com essa peculiar composição, a cura significa o amadurecimento mediúnico, pelo caminho do autoconhecimento e das práticas transpessoais.
Sem nenhuma conotação religiosa, a descompensação vibratória e a mediunidade são um fato que precisa ser corajosamente enfrentado; não com medicamentos, mas com amor e transformação pessoal. O planeta está evoluindo e chegará um tempo em que a humanidade compreenderá a si mesma e sua multidimensionalidade de forma natural.
Hoje, tenho segurança mediúnica e maturidade para compreender a grandiosidade que há além dos preconceitos médicos e suas limitações materialistas.
O sexto sentido, é um dom divino. O desconhecido nos causa medo, porém, o enfrentamento e o entendimento sobre a mediunidade traz luz ao que antes era obscuro. Através do estudo, da prática e da conscientização, sem preconceitos materialistas e dogmatismos religiosos, tomamos o domínio de nós mesmos e de nossa potencialidade para sermos felizes e saudáveis.
Namastê!
Autor: Colunista do Site O Segredo