Gerar um Filho é um ato de coragem, ainda que inconsciente. É um mergulho profundo nas águas do mistério da Vida, algo maravilhoso e ao mesmo tempo assombroso, uma experiência que merece imenso respeito e reverência.
Os Pais são os portais humanos que permitem que uma Alma possa encarnar e viver sua experiência no plano da matéria. Porém, algo que precisa ser recordado é que um Filho não pertence aos seus Pais. Todo Filho é fruto da própria Vida.
Sendo assim, um Filho não deve ser visto como uma obra ou a continuidade de seus genitores, pois como Alma eterna tem ele sua própria e única jornada. Depois de serem portais da Vida, aos Pais resta dar a este Filho as melhores condições possíveis para que ele realize a si mesmo.
Não cabe ao Filho realizar quaisquer expectativas dos Pais, serem melhores, nem maiores que eles. Ao contrário do que fizeram muitos acreditar, Filhos não existem para serem salvadores. A Ordem Divina precisa ser restabelecida para que o Amor volte a reger todas as relações humanas.
Pais, libertem seus filhos da necessidade de serem perfeitos, de realizarem seus anseios e sonhos. Abençoem seus Filhos para que eles possam ser exatamente quem são e criarem seus destinos. Libertem-se ainda de qualquer sentimento de que possam ter falhado. Vocês lhe deram a Vida e isto é suficiente.
Filhos, libertem-se da necessidade de cumprirem as expectativas de seus Pais e de salvá-los. Assumam seus lugares, como aqueles que são menores e recebem a Vida com Amor. Libertem-se ainda do suposto direito de cobrarem algo de seus pais. Eles lhe deram a Vida e isto é suficiente.
Os laços de Amor entre Pais e Filhos existem para que todos se sintam fortalecidos, não aprisionados. O Amor se realiza na Liberdade.
Com Amor,
Os Guias
Autor: Daniela Ferreira Vieira Müller
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