Maria Angélica Baron – “Osteoporose”

Maria Angélica Baron – “Osteoporose”

Compartilhe esse artigo

Quando não temos estrutura para sustentar a nossa própria vida

A osteoporose é uma doença conhecida mundialmente e consiste na perda progressiva de massa óssea, tornando os ossos mais frágeis e susceptíveis a fraturas. Dentre suas causas físicas, destacam-se o envelhecimento, a deficiência de estrogênio, baixos níveis de vitamina D, ingestão de cálcio reduzida e alguns distúrbios metabólicos que acarretam em perda de cálcio e ou excesso de paratormônio – o hormônio que regula os níveis de cálcio no sangue.

Como consequência da menor densidade óssea, as fraturas podem ocorrer mais facilmente, o que leva muitos dos pacientes a descobrirem a doença, até então silenciosa.

Apesar de ser mais frequente na população idosa, nem todos os idosos desenvolvem a osteoporose, e nem todos que manifestam a doença estão na terceira idade. Mas é importante salientar que os ossos representam nossa estrutura, aquilo que dá sustentação ao nosso corpo físico. Metafisicamente, eles estão relacionados à nossa força interior, à nossa segurança de expressar no mundo quem somos e de interagir com as diferentes situações da vida. Muitas pessoas com problemas ósseos buscam no exterior aquilo que está dentro – ou que deveria estar. São pessoas que procuram soluções para sua vida no dinheiro, no cônjuge, nos pais, nos filhos, ou em qualquer outro fator externo, mas não desenvolvem a sua própria força interna.

Pessoas com osteoporose geralmente passaram a vida abrindo mão de suas crenças, suas vontades e valores. Não encontraram, ou não desenvolveram dentro de si a determinação necessária para concretizar seus planos, superar suas adversidades e encontrar seu próprio caminho, esperando que o externo fizesse por si. A maioria das pessoas com osteoporose são mulheres na menopausa, justamente porque abriram mão de sua própria vida para cumprir papeis que lhe foram designados, como o de ser mãe e esposa submissa. Esperavam que, abrindo mão de si mesmas, teriam toda sua vida solucionada pelos maridos. Grande engano. Ao atingirem a menopausa, ou a idade madura, muitas dessas mulheres (e homens) acabam por desenvolver uma crise de identidade por não reconhecerem a si próprio, por descobrirem que não realizaram aquilo que sonhavam, e é aí que, muitas vezes, descobrem, também, a osteoporose.

Muitas dessas pessoas com osteoporose foram fortes e impecáveis em criar uma vida perfeita para seu cônjuge ou filhos, mas não tiveram estrutura e determinação para criar a sua própria vida. Ao atingirem a maturidade, passam a se questionar sobre o que desenvolveram na vida em prol de si mesmo. Não foram fracos para suprir as demandas alheias, mas sim para suprir as suas próprias vontades. Seu grande prazer era fazer pelo outro. Não descansavam e não se satisfaziam em fazer algo por si próprio, mas estavam sempre cuidando de algo ou alguém no externo.

O conselho amoroso a quem desenvolveu osteoporose é que passe a olhar mais para dentro de si mesmo, descobrir o que lhe dá prazer, quais os sonhos gostaria de realizar e quem gostaria de ser. Que tenha estrutura para sustentar seus próprios sonhos e objetivos e que seja apenas quem veio para ser, e não o que os outros esperam que seja.

É claro que todos nós podemos buscar apoio e recursos no meio externo – afinal, somos seres que interagem o tempo todo com o exterior. Entretanto, não podemos depositar no externo aquilo que deveria estar dentro de nós mesmos – nossa força de vontade, determinação, a capacidade de decidir e realizar. Quando somos fortes e determinados diante da vida, contamos também com boa estrutura óssea, revelando nossa estrutura e fortaleza interior.

Espero que esses conhecimentos possam trazer luz à sua consciência e facilitar a cura da sua alma e, consequentemente, do seu corpo físico.

Com amor e leveza.

Maria Angélica Baron

Fonte:  Alquimia Sagrada Das Ervas 

Compartilhe esse artigo

About Author