O feminino está olhando para si mesmo, para a humanidade e para a vida a partir de uma perspectiva mais ampla.
É uma sensualidade que engloba o corpo físico e a própria vida. É experimentar toda a gama de emoções, incluindo às vezes a raiva.
É uma gentileza e compaixão em relação a si mesmo e à vida. É permitir. Permitir-se ser vulnerável. Permitir que toda a vida flua. Sem censura. Isso também significa aceitar os próprios limites e nunca permitir que esses limites sejam violados.
É uma alegria incontida pela vida e pelas próprias experiências sexuais e sensuais.
O feminino é a aceitação total de si mesmo, da própria humanidade. É se apaixonar cada dia mais por si mesmo, à medida que as pétalas se abrem uma a uma para revelar a beleza e a sensualidade do corpo físico, e a ludicidade da alma.
É a criatividade em sua forma mais elevada, como expressão da alma. Sua expressão artística em todas as suas formas. Arte, música, escrita, dança, a criação de qualquer coisa que expresse a sensualidade da alma. É também levar a vida como uma escultura esboçada pela alma. O corpo se torna a forma de arte viva definitiva, expressando, através do movimento, a paixão da alma por estar com sua contraparte humana.
Dançar com o masculino. Permitir que o masculino apoie, mas nunca o ofusque ou controle.
É ser ultrassensível às energias, tanto físicas quanto esotéricas, sentir a vida com todos os sentidos, tanto humanos quanto divinos, sem se apegar a nada – físico ou emocional – que seja menos do que alegre.
É total compaixão por si e pelos outros. O que significa que não há necessidade de simpatia. O feminino sabe instintivamente que cada um também é soberano, e tem o próprio caminho.
Ser feminina é semelhante a uma orquestra plena de sons noturnos, uma cacofonia de pequeno grupo de ovelhas, pássaros noturnos e sapos bebês que ecoam suas canções após uma chuva de primavera. Os aromas da terra e da floresta são inebriantes. É uma experiência profunda, rica, visceral e sensual.
É uma exuberância sem desculpas pela vida.
E é tudo isso, fundido com o lugar onde não existe tempo.
Onde não há nada. Onde está tudo o que já existiu, cada pensamento, ação e emoção.
O feminino é muito maior do que aquilo que a sociedade definiu. Muito mais grandioso do que aquilo que nos foi ensinado por nossos pais. O feminino não pode ser contido. Quer se expressar, evoluir, se expandir.
Está dentro de cada ser humano, independentemente do gênero.
É o mais vital e significativo aspecto de sua existência.
Não é por acaso que as características do feminino estão alinhadas com as da alma, do eu superior, do eu eterno, seja qual for o nome que quisermos utilizar.
Também não é por acaso que a humanidade renega, desrespeita e desconfia do feminino há muito, muito tempo. Consequentemente, o feminino vem sendo tratado como um cidadão de segunda classe e não se sente seguro para ser ele mesmo.
O feminino carregou as feridas tanto quanto o masculino.
Mas agora, com a ascensão do Feminino Divino, as feridas estão cicatrizando. O sofrimento, a culpa e a vergonha não têm mais lugar agora no feminino. Da mesma forma, a raiva, a agressão e o sentimento de abandono não têm lugar no masculino.
Tanto o feminino quanto o masculino se honram e se respeitam, e se mesclam e se fundem e dançam juntos. É claro que eles nunca estiveram realmente separados, para começar, mas o espírito, em seu desejo de se conhecer, os separou.
Não precisamos mais representar a história galáctica do conflito entre o masculino e o feminino.
Aqueles dentre nós que escolheram despertar e se realizar nesta vida… e todos os gêneros estão representados nesse grupo… acolhemos o nosso feminino.
Podemos ter notado que há uma resistência em permitir e confiar que nossa alma esteja na vanguarda de nossa vida. Isto é incompreensível. Já faz muito tempo que criamos a ilusão de separação de nossa alma.
Mas agora, estamos no processo de liberar a resistência tanto ao nosso feminino divino quanto à presença de nossa alma.
Acolher o feminino anda de mãos dadas com acolher nossa alma.
Canal: Maria Chambers
Fonte: https://adavai.wordpress.com/2023/04/26/o-feminino-divino-fala-aos-homens/
Tradução: Ivete Brito – adavai@me.com