As 10 melhores plantas para um fígado saudável

As 10 melhores plantas para um fígado saudável: benefícios e precauções

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As 10 melhores plantas para um fígado saudável

As 10 melhores plantas para um fígado saudável

Muitas pessoas ao redor do mundo convivem com doenças que afetam o fígado, como cirrose, doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), doença hepática alcoólica, câncer de fígado, insuficiência hepática e hepatite.

Todos os anos, doenças hepáticas causam quase 2 milhões de mortes no mundo todo.

Fatores de risco para doenças hepáticas incluem o consumo excessivo de álcool, níveis altos de açúcar no sangue, obesidade, pressão alta, viroses, níveis altos de triglicérides e colesterol, entre outros.

As doenças hepáticas podem ser tratadas de diversas maneiras, incluindo medicamentos, terapia nutricional, imunoterapia, mudanças no estilo de vida, ressecção cirúrgica e até transplante de fígado nas doenças hepáticas em estágio terminal.

As 10 melhores plantas para um fígado saudável

Além dos tratamentos padrões, muitas pessoas recorrem a terapias alternativas, como suplementos fitoterápicos, na esperança de melhorar e proteger a saúde do fígado. Aliás, cerca de 65% das pessoas com doenças hepáticas nos Estados Unidos e na Europa tomam suplementos fitoterápicos.

Aqui estão as 10 melhores plantas que comprovadamente melhoram a saúde hepática.

Uma observação importante

Muitas plantas, incluindo algumas nesta lista, podem ser perigosas para pessoas com certos problemas hepáticos.

Algumas delas têm sido associadas a danos no fígado e outras complicações, por isso, é fundamental consultar um médico antes de adicionar qualquer suplemento fitoterápico, incluindo os desta lista, à sua dieta.

1 – CARDO-MARIANO

A silimarina, comumente chamada de cardo-mariano, consiste em um grupo de compostos extraídos das sementes de cardo-mariano (Silybum marianum), incluindo silibina, silicristina e silidianina.

O cardo-mariano é usado há mais de 2 mil anos para tratar problemas nos ductos biliares e no fígado, e pesquisas mostram que ele pode ter propriedades que protegem o fígado.

Sugere-se que a silimarina tenha fortes efeitos antioxidantes e possa ajudar a promover a regeneração das células hepáticas, reduzir a inflamação e beneficiar pessoas com doenças hepáticas. No entanto, estudos em humanos tiveram resultados mistos.

Por exemplo, alguns estudos mostraram que suplementar com silimarina pode ajudar a prevenir a progressão das doenças hepáticas, prolongar a vida de pessoas com cirrose alcoólica e melhorar a qualidade de vida de pessoas com doenças no fígado.

Porém, outros estudos indicam que a silimarina não é mais eficaz do que tratamentos com placebo, destacando a necessidade de mais pesquisas.

Não obstante, a silimarina é considerada segura e não foi associada a efeitos colaterais adversos, mesmo quando usada em doses altas.

2 – GINSENG

O ginseng é um suplemento natural popular, conhecido pelas propriedades anti-inflamatórias poderosas.

Diversos estudos em tubos de ensaio e em animais demonstraram que o ginseng tem efeitos antioxidantes e pode auxiliar na proteção contra lesões hepáticas causadas poo vírus, toxinas e pelo álcool. Além disso, pode estimular a regeneração das células hepáticas após cirurgias.

Ademais, alguns estudos em humanos mostraram que o tratamento com ginseng pode melhorar o funcionamento do fígado e reduzir a fadiga e a inflamação em pessoas com doenças e disfunções hepáticas.

Por exemplo, um estudo de 2020 com 51 homens com níveis elevados de alanina aminotransferase (ALT), um indicador de danos no fígado, descobriu que aqueles que tomaram três gramas de extrato de ginseng por dia durante 12 semanas tiveram reduções significativas na ALT, em comparação com o grupo de controle.

Os níveis de gama-glutamil transferase (GGT), outro indicador de danos hepáticos, também reduziram significativamente.

Embora estes resultados sejam promissores, são necessárias mais pesquisas que investiguem os efeitos do ginseng na saúde do fígado.

Quando usado isoladamente, o ginseng é considerado relativamente seguro para a saúde do fígado. Porém, pode haver reações quando usado com medicamentos, podendo causar lesões hepáticas e outros efeitos colaterais potencialmente perigosos.

3 – CHÁ VERDE

Embora tecnicamente não seja uma planta, o chá verde e seu principal composto polifenólico, o epigalocatequina-3-galato (EGCG), são frequentemente incluídos em análises de estudos focados em remédios naturais para tratar problemas no fígado.

Alguns estudos descobriram que a suplementação com extrato de chá verde pode ajudar a tratar pessoas com doenças hepáticas.

Um estudo de 2016 com 80 pessoas com doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) descobriu que a suplementação com 500 mg de extrato de chá verde por dia durante 90 dias reduziu significativamente os indicadores de danos hepáticos ALT e aspartato aminotransferase (AST).

Embora o grupo de controle também tenha apresentado reduções nos níveis de AST e ALT, estas não foram significativas.

Outro estudo de 12 semanas envolvendo 80 pessoas com DHGNA observou que aquelas que tomaram 500 mg de extrato de chá verde diariamente apresentaram melhoras significativas nos níveis de AST, ALT e dos indicadores inflamatórios, em comparação com o grupo de controle. Este tratamento também reduziu as alterações gordurosas no fígado.

Também foi demonstrado que o consumo de chá verde protege contra várias doenças hepáticas, como câncer de fígado, hepatite, cirrose, esteatose hepática e doença hepática crônica.

Embora beber chá verde seja considerado seguro para a maioria das pessoas, em casos raros, a suplementação com chá verde foi associada a lesões hepáticas agudas.

4 – ALCAÇUZ

Embora balas mastigáveis geralmente vêm à mente quando pensamos no alcaçuz (Glycyrrhiza glabra), na verdade esta é uma planta com propriedades medicinais poderosas.

Estudos científicos demonstraram que a raiz de alcaçuz tem efeitos anti-inflamatórios, antivirais e protegem o fígado.

O principal componente ativo da raiz de alcaçuz é o composto saponínico glicirrizina, e a planta é comumente usada na medicina tradicional chinesa e japonesa para tratar muitas doenças, incluindo as hepáticas.

Alguns estudos demonstraram que o tratamento com extrato de alcaçuz pode beneficiar pessoas com certos problemas hepáticos.

Um estudo mais antigo envolvendo 66 pessoas com esteatose hepática descobriu que a suplementação com duas gramas de extrato de raiz de alcaçuz durante dois meses reduziu significativamente os níveis de ALT e AST, em comparação com o tratamento com placebo.

Em um estudo menor, seis pessoas saudáveis tomaram um produto com glicirrizina antes de consumir vodca todas as noites durante 12 dias, e seis pessoas apenas consumiram vodca todas as noites durante 12 dias.

No grupo que bebeu apenas vodca, os indicadores de danos ao fígado, incluindo ALT, AST e GGT, aumentaram significativamente. No grupo que tomou glicirrizina, estes marcadores não aumentaram de forma significativa, sugerindo que esta substância pode ajudar na proteção contra os danos hepáticos relacionados ao álcool.

Embora essas descobertas sejam promissoras, mais pesquisas são necessárias.

Além disso, algumas pessoas são mais sensíveis ao alcaçuz, e o uso crônico de produtos com alcaçuz pode resultar em efeitos colaterais perigosos, como pressão alta e níveis baixos de potássio no sangue.

5 – CÚRCUMA

A cúrcuma e seu principal componente ativo, a curcumina, têm sido associados a uma variedade de benefícios impressionantes para a saúde.

É bem documentado que a cúrcuma tem fortes propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e anticancerígenas, tornando esta planta uma escolha popular para pessoas com doenças hepáticas.

Um estudo em pessoas com DHGNA demonstrou que o tratamento diário com 500 mg de um produto com curcumina por oito semanas reduziu significativamente a quantidade de gordura no fígado e os níveis de AST e ALT, em comparação com o grupo de controle.

Outro estudo com 70 pessoas que tinham DHGNA descobriu que aquelas que suplementaram com 500 mg de curcumina e 5 g de piperina por dia durante 12 semanas tiveram reduções significativas nos níveis de ALT, AST, LDL (colesterol ruim) e nos indicadores inflamatórios, em comparação com o grupo de controle.

A piperina é um composto encontrado na pimenta-do-reino que aumenta a absorção de curcumina.

Também foi observado que o tratamento com curcumina melhorou significativamente a gravidade da DHGNA em comparação com o grupo de controle.

A suplementação com cúrcuma e curcumina geralmente é considerada segura. Porém, alguns casos de lesão hepática aguda foram relatados. Entretanto, não está claro se estes casos foram causados por produtos com curcumina contaminados ou pelos produtos em si.

6 – ALHO

Embora botanicamente seja considerado um vegetal, o alho é um componente popular de muitos remédios naturais. É rico em compostos vegetais antioxidantes e anti-inflamatórios potentes, como alicina, aliina e ajoene, que podem auxiliar na saúde do fígado.

Um estudo de 2020 com 98 pessoas que sofrem de DHGNA descobriu que aquelas que tomaram 800 mg de alho em pó por dia durante 15 semanas apresentaram reduções significativas nos níveis de ALT, ASR, LDL (colesterol ruim) e triglicerídeos, em comparação com o grupo de controle.

Além disso, 51% dos participantes do grupo que consumiu alho apresentaram melhora na gravidade do acúmulo de gordura no fígado, em comparação com apenas 16% do grupo de controle.

Outro estudo, feito com mais de 24 mil adultos, descobriu que os homens que consumiram alho cru mais de sete vezes por semana tiveram uma redução de até 29% no risco de desenvolver doença hepática gordurosa. Embora a ingestão de alho cru tenha sido inversamente associada à DHGNA nos homens, esta associação não foi observada nas mulheres.

Além disso, outro estudo relacionou a ingestão de alho cru a riscos menores de câncer no fígado. Comer alho cru duas ou mais vezes por semana foi associado a uma redução de 23% no risco de câncer de fígado, em comparação ao consumo de alho cru menos de duas vezes por semana.

Embora o alho cru seja, em geral, considerado seguro, suplementos de alho concentrado induziram lesões hepáticas no estudo de caso de um paciente.

7 – GENGIBRE

A raiz de gengibre é um ingrediente culinário popular e também costuma ser usada como tratamento medicinal para muitos problemas de saúde, incluindo doenças hepáticas.

Um estudo de 12 semanas com 46 pessoas com DHGNA descobriu que a suplementação com 1500 mg de gengibre em pó por dia reduziu significantemente os níveis de ALT, colesterol total e LDL (colesterol ruim), os níveis de açúcar no sangue em jejum e o indicador de inflamação da proteína C-reativa (PCR), em comparação com o grupo de controle.

Outro estudo observou resultados semelhantes. Pessoas com DHGNA que suplementaram com duas gramas de gengibre por 12 semanas apresentaram reduções significativas nos níveis de ALT e GGT, nos indicadores de inflamação e no acúmulo de gordura no fígado, em comparação com o grupo de controle.

A raiz de gengibre contém compostos poderosos, como gingerol e shogaol, que ajudam a inibir a inflamação e protegem contra danos celulares, o que pode contribuir para a saúde do fígado. Além disso, o gengibre pode ajudar a proteger o fígado de toxinas como o álcool.

O gengibre geralmente é considerado seguro, até para quem tem problemas no fígado. No entanto, deve-se sempre consultar um médico antes de suplementar com produtos à base de gengibre em doses altas.

8-10. Outras plantas com propriedades que protegem o fígado

Além dos tratamentos listados acima, muitas outras plantas têm sido associadas a melhora da saúde hepática.

8 – DANSHEN

A danshen é uma substância usada comumente na medicina tradicional chinesa. É a raiz seca da planta Salvia miltiorrhiza Bunge. Estudos em humanos e animas demonstraram que a danshen pode ter efeitos positivos na saúde do fígado.

Estudos em animais indicam que a danshen pode auxiliar na proteção de doenças hepáticas relacionadas ao álcool e promover a regeneração do tecido hepático, ao passo que estudos em humanos sugerem que injeções de danshen podem ajudar a tratar a fibrose hepática quando usadas junto a outros medicamentos naturais.

9 – GINKO BILOBA

O ginko biloba é um suplemento natural popular que tem sido associado à melhora da saúde hepática. Por exemplo, um estudo com roedores mostrou que injeções de ginko biloba reduziram a fibrose hepática e melhoraram o funcionamento do fígado.

Embora o ginko biloba tenha sido associado a efeitos colaterais adversos leves, não foi relacionado especificamente a lesões hepáticas.

10 – ASTRAGALUS

A astragalus é uma planta comestível comumente usada na medicina tradicional chinesa. É rica em compostos medicinais, como saponinas, isoflavonoides e polissacarídeos, que possuem propriedades terapêuticas poderosas.

Em geral, é considerada segura e não foi associada a lesões hepáticas. Porém, pode interagir com certos medicamentos.

Estudos com roedores indicam que a astragalus pode ajudar na proteção contra a fibrose e a esteatose hepática induzida por uma alimentação rica em gordura quando usada sozinha ou em combinação com outras plantas.

Precauções

Embora alguns tratamentos fitoterápicos possam ajudar a tratar ou prevenir problemas hepáticos, é fundamental que qualquer pessoa interessada em usar medicamentos naturais para a saúde do fígado converse primeiro com um profissional de saúde qualificado.

Isso porque muitos tratamentos fitoterápicos demonstraram ser tóxicos para o fígado e podem ser perigosos, principalmente para pessoas com doenças hepáticas ou outras condições médicas.

Aliás, medicamentos fitoterápicos têm sido associados a problemas no fígado e até mesmo a mortes. Tanto plantas isoladas quanto misturas de plantas têm o potencial de causar danos sérios ao fígado.

Além disso, suplementos fitoterápicos podem estar contaminados com metais pesados, pesticidas, produtos farmacêuticos e bactérias que podem prejudicar o fígado.

Ademais, muitas plantas podem interagir com medicamentos comuns, o que pode levar a lesões no fígado e até à morte.

Embora algumas plantas possam ser seguras para o uso, muitas outras não são, então deve-se sempre consultar um médico antes de tomar qualquer suplemento fitoterápico.

Conclusão

Algumas plantas foram associadas à melhora da saúde hepática, tornando-se uma escolha popular de remédio natural para pessoas com problemas no fígado, bem como para aqueles que desejam melhorar a saúde deste órgão.

Embora alguns suplementos fitoterápicos sejam considerados seguros e podem até tratar doenças hepáticas, muitos outros podem prejudicar a saúde do fígado.

Se você tiver dúvidas a respeito dos tratamentos fitoterápicos para doenças hepáticas ou está interessado em tomar suplementos fitoterápicos na esperança de melhorar a saúde do seu fígado, consulte sempre um profissional da saúde experiente para obter orientação.

Autor/Canal: Healthline
Fonte: https://www.healthline.com/nutrition/herbs-for-liver
Fonte secundária: https://eraoflight.com
Tradução: Sementes das Estrelas / Mariana Spinosa

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