A cura não é sobre o destino - Kate Spreckley

Kate Spreckley – “A cura não é sobre o destino, é sobre a jornada”

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A cura não é sobre o destino

A cura não é sobre o destino

A CURA NÃO É SOBRE O DESTINO, É SOBRE A JORNADA

A cura não é um destino ou uma caixa que podemos marcar depois de fazer o ‘trabalho’. É um processo vivo, respirante e evolutivo que se move conosco, se desdobra dentro de nós, muda através de nós e continua a evoluir à medida que crescemos, expandimos e despertamos. Não é um caminho limpo ou previsível. Há dias em que sentimos que finalmente alcançamos um terreno sólido, onde nos sentimos abertos e em paz. E então há dias em que velhas feridas vêm à tona novamente, padrões ressurgem pedindo atenção mais profunda, maior reconhecimento e liberação, revelando que outra camada está pronta para ser desembrulhada. Esta é a natureza da cura, crescimento e transformação.

Portanto

Muitas vezes carregamos a crença de que a cura deve ser limpa, clara e linear. Que se fizermos as práticas corretas, lermos todos os livros certos, sentarmos em meditações suficientes ou falarmos todas as afirmações certas, estaremos acabados. A cura não se parece com isso ou funciona assim. Alguns dias somos fortes, claros, fundamentados e presentes. Outros dias nos sentimos crus, expostos e desfeitos. Ambos fazem parte da jornada.

UMA JORNADA QUE EXIGE ENTREGA E RECONHECIMENTO

A cura não é algo que alcançamos, é algo que vivemos, uma jornada viva que requer entrega, aceitação e reconhecimento. Ela nos pede para nos encontrarmos de novo e de novo, cada vez com mais compaixão e mais paciência. Ela nos pede para honrar todos os sentimentos que antes deixamos de lado e nos ensina a ouvir, não apenas a dor, mas também o silêncio por trás dela. Exige um novo relacionamento com nós mesmos, que não seja apressado ou ignorado. Um que nos permita espaço e tempo para sentir, integrar e realmente mudar.

Pois

A cura é o retorno ao que foi escondido sob camadas de condicionamento, proteção e sobrevivência. É o descascamento das camadas e a integração de tudo o que foi separado, negado ou fragmentado. A dor esquecida, a vergonha silenciosa, as histórias herdadas. Não se trata de apagar o que aconteceu, trata-se de transformar nosso relacionamento com isso, aprendendo a nos sentar com o que antes tínhamos que fugir. Mesmo quando dói, quando é desconfortável. Especialmente então.

Portanto

A cura é profundamente imprevisível. Nem sempre parece luz ou amor. Às vezes, parece que a raiva vem à tona depois de décadas de repressão, ou deixando de lado tudo o que pensávamos que queríamos, ou enfrentando as partes de nós que parecem demais, muito quebradas e muito bagunçadas. Às vezes, parece nada, apenas o trabalho silencioso de testemunhar e esperar enquanto passamos pelas mesmas lições, mas cada vez com uma nova consciência.

A SINGULARIDADE DA NOSSA PRÓPRIA JORNADA

Nosso próprio caminho pessoal para a cura é único. Nem sempre sabemos como isso se desenrolará ou para onde nos levará. Há sempre um elemento de mistério no processo que não pode ser previsto. Quando confiamos na inteligência mais profunda no trabalho e na jornada em si, pode ser a experiência mais libertadora de nossas vidas.

A cura nos pede:

Pois

– Para desacelerar, ouvir, respirar e sentir. Não podemos apressar o processo ou a jornada e devemos aprender a honrar seu tempo.

Para sentir tudo. Não apenas pensar em nossas feridas, mas sentir a dor, a raiva, o medo e a alegria. A verdadeira cura interior começa quando paramos de nos entorpecer e começamos a prestar atenção ao que está chamando para ser abordado.

– Para a presença, trazendo nossa consciência de volta ao nosso corpo, ao momento e ao que está aqui agora.

– Para autocompaixão. Não nos curamos julgando a nós mesmos, curamos encontrando nossos lugares quebrados com amor e bondade.

– Para confiança. Nem sempre sabemos para onde estamos indo, mas nossa alma sabe. O caminho da cura consciente é percorrido dando um passo de cada vez.

Autor: Kate Spreckley
Fonte primária: http://www.spiritpathways.co.za
Fonte secundária: https://eraoflight.com

Tradução: Sementes das Estrelas / Isadora Damasceno Branco
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