Descobrindo o que estava fora de alcance - Kenneth Schmitt

Kenneth Schmitt – “O espelho da consciência”

Compartilhe esse artigo

Descobrindo o que estava fora de alcance

O ESPELHO DA CONSCIÊNCIA

Maya encarou seu reflexo no espelho do banheiro, catalogando cada falha percebida com precisão cirúrgica. Aos 32 anos, ela se convencera de que seus melhores anos já haviam ficado para trás, com seu corpo muito frágil, sua mente muito lenta, seus sonhos muito tolos. A voz em sua cabeça, tão familiar que parecia a sua, sussurrava seu inventário diário de limitações: Você não é inteligente o suficiente para aquela promoção. Você está velha demais para recomeçar. Ninguém poderia amar alguém tão imperfeito quanto você.

Ela não reconhecia esses pensamentos como grades de prisão que havia construído ao seu redor. Em seu mundo, todos pareciam aceitar que sonhos eram para os jovens, que corpos inevitavelmente perdiam vitalidade, que o amor era racionado e raro. Poucos ousavam imaginar algo diferente, e Maya nunca fora de nadar contra a corrente da resignação coletiva.

O ponto de virada veio durante um dia particularmente brutal no trabalho. Sua colega, Sarah, uma mulher que Maya sempre invejou por sua aparente confiança, desabou em lágrimas na sala de descanso. “Estou apavorada”, confessou Sarah. “Todos os dias acordo com medo de não ser o suficiente, de que todos descubram que sou uma fraude.” Maya percebeu com uma clareza surpreendente que estava se olhando no espelho, não da sua aparência, mas do seu estado interior. O julgamento que ela vinha fazendo da “arrogância” de Sarah era um reflexo da sua própria autocrítica.

Naquela noite, algo mudou. Em vez do seu ataque mental habitual, Maya se viu fazendo uma pergunta diferente: E se esses pensamentos não forem verdade, mas apenas hábitos? Ela começou a notar o peso da sua negatividade, como era como carregar pedras no peito. Quando observava sem julgamento, quase conseguia sentir a vibração pesada do seu desespero, espessa e lenta como lama.

Na manhã seguinte, como um experimento, Maya tentou algo radical. Em vez de começar o dia com a conhecida ladainha da inadequação, ela parou e imaginou como seria acordar em um corpo que amasse, com uma mente em que confiasse, cercada de oportunidades em vez de obstáculos. A sensação era tão estranha que quase a assustou — mas por baixo do medo havia algo extraordinário: uma leveza, uma energia que parecia elevá-la de dentro para fora.

A TRANSFORMAÇÃO EM AÇÃO

Com o passar dos dias, Maya começou a entender o que estava vivenciando. Quando pensava em amor e possibilidades, todo o seu ser parecia vibrar em uma frequência mais elevada. Ela se movia de forma diferente, falava de forma diferente, até mesmo tinha uma aparência diferente. As pessoas no trabalho começaram a reagir a ela com mais carinho e respeito. Ela percebeu que não estava apenas pensando de forma diferente — estava vivendo de forma diferente.

O verdadeiro teste veio quando sua mãe a visitou, munida de seu arsenal habitual de críticas sobre as escolhas de vida de Maya. Em vez de absorver a negatividade e retraí-la, Maya sentiu algo extraordinário acontecer. Ela podia sentir a dor por trás das palavras duras de sua mãe, o mesmo medo e limitação que a aprisionaram. Em vez de se defender ou atacar, Maya respondeu com genuína compaixão. “Mãe, você sempre teve tanto medo de não ser suficiente”, disse ela gentilmente. “Mas você é mais do que suficiente.”

Naquele momento, Maya sentiu a compaixão que ela oferecia fluir de volta para ela como uma corrente quente. Ela entendia agora que cada gentileza que demonstrava aos outros era um presente que dava a si mesma, assim como cada julgamento era uma ferida que infligia ao seu próprio espírito. Ela parecia separada do mundo ao seu redor, mas agora era tanto a artista quanto a tela de sua experiência.

UM NOVO EU

Meses depois, Maya mal reconhecia seu antigo eu. Ela havia começado as aulas de arte que sempre quis fazer, seu corpo havia respondido ao seu novo amor-próprio com vitalidade e força, e ela se viu cercada por relacionamentos que refletiam o amor que agora sabia vir de dentro. Ela não havia mudado o mundo externo, mas sim se alinhado com o que sempre fora possível.

Em pé diante do mesmo espelho onde sua transformação começou, Maya sorriu para seu reflexo. Ela havia se tornado dona de sua própria vida ao se lembrar do que sempre fora. Sob as camadas de crenças limitantes sobre si mesma. Ela era a consciência infinita se experimentando através da bela e temporária forma de Maya. Essa verdade irradiava de cada célula do seu ser.

Ao escolher o amor em vez do medo, a expansão em vez da limitação, ela se libertou e se tornou um farol para outros que ainda estavam presos na prisão que eles mesmos criaram, mostrando que a liberdade sempre esteve em sua própria realização.

Canal: Kenneth Schmitt
Fonte: https://quantum-energetics.org/
Fonte secundária: https://eraoflight.com
Tradução: Sementes das Estrelas / Isamara Damasceno Branco Guennon

Loading spinner
Compartilhe esse artigo

About Author

Deixe seu comentário