
O FIM DO SOFRIMENTO É TOTALMENTE POSSÍVEL PARA VOCÊ
Dor não é sinônimo de sofrimento. Descubra como alimentamos o sofrimento através da não aceitação e como faz para quebrar esse hábito.
Acreditamos que o sofrimento é inerente à vida humana, inevitável, e isso nos dá uma certa justificativa moral para nosso apego ao sofrimento e para nossa identificação com ele — não importa quão doloroso ou indesejado ele seja. Mas a verdade é que todo sofrimento é infundido de fora. Não é inerente a nenhuma experiência humana em particular. Por exemplo, alguém pode estar sentindo uma dor física imensa, mas isso não exige necessariamente a presença de sofrimento. Mas a maioria de nós infunde sofrimento quando ocorre dor física. Você já observou como a reação de uma criança pequena, quando ela cai ou se machuca, é determinada inteiramente pela reação dos pais? E você já viu uma criança pequena completamente calma e despreocupada com uma lesão — sem lágrimas ou aborrecimento — mas, quando os pais, com aflição e muita emoção, dizem “meu Deus, não se preocupe, Joãozinho; eu sei que dói, mas tente ser corajoso; eu sei que é horrível, mas tente ser um menino grande” — e só então a criança fica chateada e começa a chorar e gritar? É incrível ver pais ensinando seus filhos diretamente a sofrer — dando lições claras e intensas sobre como incutir sofrimento, quando veem seus filhos não sofrendo!
A EXPERIÊNCIA HUMANA
Dor, tristeza, raiva, fúria, confusão, melancolia, sofrimento, miséria, desespero, frustração, decepção — tudo isso faz parte da experiência humana. O que raramente nos ensinam, no entanto, é que nenhuma dessas emoções implica, ou precisa ser vivenciada como, um estado de sofrimento. Dor, tristeza ou pesar podem simplesmente ser dor, tristeza ou pesar, sem a necessidade de incorporar a dimensão do sofrimento. Em sua essência, o sofrimento é um comportamento aprendido, um hábito.
Os animais fornecem mais um ótimo exemplo de como o sofrimento é inerente, e não necessário. Você já viu um cachorro aleijado? Já o viu logo depois de se aleijar — logo depois de ficar cego ou perder uma pata? Ele chora por um ou dois segundos, no máximo, por confusão, por dor ou por genuíno desespero — e então segue em frente. Ele aceita a situação completa e segue imediatamente, sem olhar para trás. Adapta-se instantaneamente a três patas em vez de quatro e se vira. Não há nenhum olhar de queixa em seus olhos. Não há nenhum ar de vítima em seu comportamento. Ele aceita a realidade, incluindo dor e perda, incluindo agonia e limitação, sem perpetuar o sofrimento . Uma prova ainda maior disso é o fato de que alguns animais são mais neuróticos do que outros. Alguns cães perdem uma pata e insistem em perpetuar o sofrimento! Talvez tenham aprendido isso por estarem muito próximos dos humanos. Eles perdem a pata e ficam deprimidos e apáticos. Param de se exercitar, perdem o brilho nos olhos e vegetam em autopiedade. Até mesmo um cachorro pode causar sofrimento, se insistir nisso! Isso é mais uma prova de que o sofrimento é uma escolha. A maioria dos cães não escolhe sofrer, mas de vez em quando, alguns escolhem!
NÃO ACEITAÇÃO
O sofrimento é criado de uma única maneira: a não aceitação. A não aceitação é o único método que você já usou para criar qualquer sofrimento que tenha experimentado. Compreenda isso plenamente e encontrará a chave secreta. Se você deixar de se identificar com a história/drama de qualquer evento, como o sofrimento é possível? Se você se desapegar de um determinado conjunto de circunstâncias, como essas circunstâncias poderiam se transformar em uma história de sofrimento?
Canal / Autor: Swami
Fonte primária: https://www.spiritualityhealth.com/the-end-suffering-possible
Fonte secundária: https://eraoflight.com/2025/11/12/the-end-of-suffering-is-completely-possible-for-you/
Tradução: Sementes das Estrelas / Isabella Cassy Damasceno Branco