Pai Joaquim de Aruanda – “Assassino”

Pai Joaquim de Aruanda – “Assassino”

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ASSASSINAR
– 2. Matar (ser humano). (Mini Dicionário Aurélio – 3a. Edição)
Dá-se
este título àquele ser humano que tira a “vida” de outro. Ele é condenado por toda
uma sociedade pela prática deste ato e passa a ser considerado como um paria
por ela. Entre os elementos que compõem a sociedade que assim agem encontramos
diversos que se dizem conhecedores das leis de Deus e dos ensinamentos dos
Mestres.
Entretanto,
dentre todos os ensinamentos até hoje trazidos por estes Mestres, sejam de que
religião for, existe um que diz que não se deve julgar o seu semelhante. Neste
caso (assassinato), será que a lei de Deus não se aplicaria?
Dentro
da “Renovação Espiritualista” aprendemos a entender a “vida” de outra forma e
não mais apenas a presença do espírito no corpo material que a este concede os
movimentos físicos. Por este motivo, é preciso que busquemos novo entendimento
também para o título “assassino”
Para
aquele que busca fazer a sua renovação, está vivo o espírito que tem como “base
de raciocino” o amor universal, independente da matéria que o envolva (carnal
ou apenas perispiritual). Portanto, estes não darão o título de assassino
àquele que encerrar com uma encarnação, mas para todos aqueles que transferirem
sentimentos que interrompam a utilização do amor universal por outro.
Assassino
é o transmissor de sentimentos negativos, aquele que transmite estes
sentimentos a outros espíritos, alterando a sua base de raciocínio; é aquele
que passa tristezas e ressentimentos, que transmite estes sentimentos ao irmão.
Ele não utiliza armas de fogo, mas “queima” o irmão, pois estes sentimentos
possuem “temperaturas” mais elevadas que o amor universal.
Assassino
é aquele que faz críticas, acusações e condenações, pois elimina, com estes
sentimentos, a alegria dos outros. Ele não usa armas, mas fere profundamente o
próximo causando-lhe rupturas internas que sangram abundantemente.
Assassino
é aquele que transmite pessimismo, negativismo e desilusões, pois desta forma
acaba com a fé em Deus. Ele não usa a força de suas próprias mãos, mas sufoca
os outros quando retira deles a esperança do reencontro futuro com o Pai, o ar
necessário à evolução espiritual.
Este
é o real assassino: aquele que “mata” o espírito. O outro que serviu como
agente para o fim de uma encarnação, foi apenas um instrumento de Deus para a
prática de um ato.
Ele
foi utilizado pelo Pai como fonte de justiça e de amor. Ao encerrar uma
encarnação (assassinato) este espírito cumpriu os ditames de Deus para que a
Justiça Perfeita e o Amor Sublime prevaleçam. Não importa o grau de “crueldade”
que tenha usado para terminar com a encarnação do outro, a forma será perfeita,
pois Deus é a Inteligência Suprema do Universo.
Não
estamos afirmando que o assassino de vidas materiais é um “santo”, ou seja, uma
pessoa de bons sentimentos, mas sim que o ato foi praticado na sua forma sob o
comando de Deus para que a Justiça Perfeita se pronunciasse e que este ato visou
uma melhoria para aquele espírito (Amor Sublime).
Os
espíritas muito falam em “expiação”, ou seja, “pagar” seus débitos anteriores.
Para que este “pagamento” seja feito é necessário que exista um agente
cobrador
, ou seja, o causador aparente da situação de resgate: um destes é o
assassino. Estando escrito no livro da vida do assassinado que ele teria que
passar por isso, Deus providencia um agente para que o destino se cumpra.
Acusar
o causador de mal, monstro ou cruel, é estar aplicando estes mesmos adjetivos a
Deus. Acusar o ato como errado, amoral ou ilegal é negar o próprio ensinamento
da expiação, tido como uma das explicações lógicas para os acontecimentos da
vida. O assassino só conseguirá matar quem precise e mereça morrer e da forma
que for melhor, objetivando a sua evolução espiritual.
Porém,
Deus não pode “ferir” espíritos que não mereçam ou precisem passar por
determinadas situações. Quando alguém recebe o título de assassino, como já
falamos, passa a ser considerado à margem da sociedade e, por este motivo, Deus
não pode aplicar esta “pena” a quem também não mereça.
Para
que alguém se torne um assassino material, é preciso que mereça: e quem merece
mais do que o assassino espiritual? Deus comanda para a prática de um ato de
assassinato aquele que tem por hábito “matar” os espíritos, ou seja, aquele que
tem como base de raciocínio sentimentos negativos.  Deus não condena o
assassino, mas o torna um como condenação pelos sentimentos que ele utiliza
como base de raciocínio. Deus não faz justiça pelo ato, mas transforma o ato em
uma Justiça Perfeita ao sentimento de cada um. 
Aquele
que recebe o título de assassino e é posto à parte da sociedade mereceu esta
situação pela sua constante difusão de sentimentos negativos aos irmãos.
Portanto,
não julgue para não ser julgado, pois com a mesma moeda que utilizar para
julgar, será julgado. O assassino não precisa de condenação ou encarceramento,
mas sim de aprender sobre o amor universal para que alcance a consciência da
compaixão e não mais sirva a Deus como instrumento para a prática destes atos.
Se
todos que assassinassem outro espírito, dentro da visão renovada do termo
assassino, tivessem que ficar reclusos, não existiria sobre a face da Terra ser
humano solto.


Canal: Firmino Leite
Fonte: C.E.U
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