REPLICADORES: A TECNOLOGIA DAS NECESSIDADES FÍSICAS QUE PERMITIRÁ A EVOLUÇÃO ESPIRITUAL

REPLICADORES: A TECNOLOGIA DAS NECESSIDADES FÍSICAS QUE PERMITIRÁ A EVOLUÇÃO ESPIRITUAL

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Nos aproximando do final de 2019, carros voadores ou teletransportes ainda não são uma realidade para a sociedade, mas pouco a pouco nos aproximamos de uma estrutura digna de filmes e séries de ficção científica. Entre tantas tecnologias que podem melhorar nossa vivência, o replicador talvez seja uma das mais fundamentais. Não tanto pelo que ele pode produzir, mas por conta do que pode propiciar para nossa condição humana.


Na série Star Trek, o replicador é um dispositivo que utiliza uma tecnologia que transforma energia em matéria para materializar um objeto ou comida – assim como para desmaterializar um item e retorná-lo em seu estado de energia. Partindo da fórmula mais famosa de Einstein, E = mc², segue-se o princípio que a matéria é apenas uma forma de energia, e que uma é possível de se transformar na outra.



Durante os vastos episódios e filmes da franquia dos exploradores do espaço, compreendemos que os replicadores podem reproduzir qualquer tipo de comida com seus respectivos valores nutricionais, roupas, partes de máquinas e essencialmente qualquer outro objeto. Da mesma forma, quando o objeto se torna obsoleto ou pode ser descartado, o dispositivo o transforma novamente em energia, podendo ser usada para criar outra coisa.


Uma tecnologia dessas é capaz de tornar o planeta sustentável e nos tornar seres prósperos sem a necessidade de perseguir valores materiais. A fome seria extinta, assim como qualquer situação de necessidades básicas. Todos teriam acesso a qualquer coisa material que precisassem ou desejassem. E é então que a coisa fica interessante. Sem a preocupação com coisas materiais, o que sobra da vida?



No último episódio da primeira temporada de Star Trek: Next Generation (A Zona Neutra -1987), a tripulação da nave Enterprise descobre um satélite desativado no espaço, no qual haviam pessoas do século 20 congeladas. Ao retornarem em seus estados naturais, os personagens ficam perplexos com os avanços tecnológicos dos 370 anos que se passaram. 


Ralph Offenhouse, de 55 anos, era um financiador na Terra do século 20. Desde que recobra sua consciência, ele fica louco para falar com seu advogado, certo de que seus investimentos devem ter gerado juros enormes durante os séculos. O Capitão Picard o informa que a fome, o desejo e a necessidade por posses foram eliminadas; ao que Ralph rebate que nunca foi uma questão de posses, mas de poder de controle da vida, do destino. Picard diz que: “esse tipo de controle é uma ilusão”.


Quando Ralph se dá conta de que ao voltar para a Terra ele pode encontrar uma realidade completamente diferente, que seu dinheiro e bens podem não existir e que isso não faz a menor diferença, ele questiona: “Então qual é o desafio?”. A resposta de Picard é certeira:


“O desafio, Sr. Offenhouse, é se aperfeiçoar. Enriquecer-se como pessoa. Desfrute.”




Quando nossa base de sobrevivência e desejos materiais são sanados, a parte mais difícil da vida se apresenta: o crescer de nossa alma, de realmente compreender o que é ser humano, de deixar nossa infância como sociedade. É isso que está acontecendo em nosso tempo. E é por isso que tudo parece tão confuso, pois estamos em um caminho inédito, nunca antes explorado. A melhor coisa a fazer? Siga o conselho de Picard e desfrute dessa nova jornada.



Na real life (vida real), os replicadores vão tomando forma a cada dia. No início desse ano, pesquisadores da Universidade da Califórnia desenvolveram uma impressora 3D que cria objetos com uma tecnologia sensível à luz numa resina especial ao invés da técnica de camadas: “Esta abordagem permite a impressão de objetos inteiros e complexos através de uma revolução completa, evitando a necessidade de camadas”.   





Na área gastronômica, temos pelo menos duas empresas prometendo uma nova forma de obter um alimento prático, gostoso e saudável. A Genie oferece uma máquina expresso com pods (cápsulas) de diferentes pratos, e está em fase de pré-venda. A Foodini opera com a técnica de camadas, tendo a necessidade que o usuário insira a mistura desejada, mas corta a parte dos processos (para fazer um ravioli, coloca-se a mistura da massa e do recheio, e a máquina faz o resto). Ela está à venda por 4 mil dólares. 


Camila Picheth 

Autor: Camila Picheth (Equipe Sementes das Estrelas)
Fonte: https://serialcookies.com.br/replicadores 
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