A Vó Cambina (Vó Cambina da Guiné/Vó Cambina da Bahia, são denominações diferentes para o mesmo ser) é um espírito iluminado que assiste ao desenvolvimento da Terra, há muito tempo. É especialista em campo mental, uma psicóloga/terapeuta de “mão cheia”. É muito disciplinadora. Ela sabe lidar com firmeza e amor com todos os níveis de consciência, especialmente de espíritos com padrões mentais difíceis, profundamente enraizados em sistema de crenças e cheios de drama. Ela tem as ferramentas certas de ajuda a esses espíritos usando sua firmeza, amor e compaixão para guiá-los para dentro de si mesmos, ajudando-os a identificar pontos que precisam ser reconhecidos para que, em seguida, um trabalho de ajustes possa acontecer.
A Vó também é uma curandeira, especialista com Arruda e Guiné. É um espírito altamente desobsessivo, e quando desce às zonas mais densas da Terra, entra nas cavernas profundas onde espíritos mentalmente endurecidos estão. Ali faz o seu trabalho com diálogos firmes que mostram àqueles seres o que eles não querem ver. Como diz o ditado, essa Vó não passa a mão na cabeça: ela “põe os pingos nos ís” e chama atenção, se preciso, com firmeza. Sua presença, apesar de toda sua firmeza e aparência de que, às vezes, está brava, traz leveza, confiança e muita amorosidade. Isso porque ela irradia aquela energia de Vozinha cuidadora, mas com pulso firme, chamando atenção dos “fios” que costumam dar trabalho. E para não se perderem em seus caminhos, a Vozinha chega com sua força de Arruda para ajudar na purificação dos campos desobsediando e ajudando no afastamento de certas forças. A Vozinha também trabalha com as forças do Orixá Xangô.
Há séculos atrás, na Guiné (https://pt.wikipedia.org/wiki/Guin%C3%A9), essa Vozinha estava encarnada com um grupo de negros escravos, e ali já ajudava a muitos com a sabedoria que havia adquirido dos grandes espíritos da natureza. Quando jovem, já fazia curas e ajudava na desopressão dos negros escravos que, hora ou outra, eram atacados por espíritos densos e obsessores. Com idade avançada, a Vó – como já era chamada – e aquele grupo de negros foram transferidos de navio para o Brasil, especialmente Bahia. Chegando à Bahia, foram levados até uma fazenda, cujo Senhor chamava-se Tomé. Ali na fazenda, a Vó Cambina ficou na senzala de Mariá, que era a negra responsável por aquela senzala. Mariá e Cambina tornaram-se muito amigas, e Mariá apresentou Vó Cambina a um negro senhor também de idade como a Vó Cambina. Era a Alma Gêmea da Vó. Quando ela “bateu o olho” no negro, seu coração acelerou e ela soube que nunca mais, não importava o que enfrentasse, nunca mais estaria só. Eles se amaram à primeira vista. Foi um encontro lindo. Logo, já faziam só coisas juntos. Esse negro gêmeo da Vó chamava-se Nego Zéfino. Ou ali era chamado pelos outros negros de Pai Zéfino. (Este era especialista em curas com Guiné).
Ali, mesmo com idade já avançada se comparada aos outros negros, a Vó entrava nos canaviais, trabalhava, cortava toco de madeira, arrancava tocos fincado na terra para fazer fogo “pros” senhores brancos e, numa dessas, um toco caiu no seu pé direito quebrando-o, ao que muitos queriam ajudá-la, Mariá inclusive. Mas a Vó não queria. Só enrolou folhas de Guiné no pé e deixou assim. Ela dizia que, no passado, quando havia sido um gladiador em Roma, havia cortado o pé do seu oponente, e aquilo era algo que ela precisava curar. A Vozinha passou o resto daquela vida com o pezinho sempre enrolado com folhas de guiné, e mancando. A cada pisar no chão, ela sentia muita gratidão, muito amor. A cada pisar no chão, espíritos que eram seus cobradores desde a época de Roma, se elevavam para Luz. Ela passou a vida toda e, a cada pisar/mancar que dava com o pé, dizia “Gratidão”. Não se podem contar quantas vezes ela disse isso pelo resto da vida. Salve Deus!
Quando eu (GabrielRL/Neva) a vi em sua roupagem espiritual, ela estava dançando com uma linda saia rodada branca, como essa: http://d26lpennugtm8s.cloudfront.net/stores/048/075/products/saia-longa-branca1-21a3516427ae8fbdab15188131678706-640-0.jpg). Ela dançava na ponta dos pés, pois, em respeito a essa roupagem, poupa-se de encostar os calcanhares no chão, e porque doía quando ela firmava, com força, o calcanhar no chão, desde a época em que quebrou o pé. Honrando essa roupagem, então, ela dança nas pontas dos pés, sem encostar os calcanhares no chão. Enquanto dança, joga galhos de arruda no chão, purificando as energias do ambiente em que está. Muito linda! Me emocionei muito quando a vi, quando ela se apresentou para mim desta forma, dançando, rodando com a saia branca, grande e linda, jogando arruda no chão. Daí nasceu o ponto dela. Ela pediu-me que canalizasse o ponto dela baseado na sua história.
Então, segue o Ponto da Vó Cambina da Bahia (ou Vó Cambina da Guiné).
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Em Amor e Bênçãos,
Neva (Gabriel RL)