
Quando eu era menina, havia uma imagem em minha casa ( e ainda há), de Nossa Senhora da Vitória. Ela ficava (e ainda fica), sobre um móvel antigo da sala. Um dia, não me lembro como, ela caiu e se partiu em muitos pedaços. Lembro de minha mãe ter pedido para varrer tudo e jogar fora. A tarefa de arrumar a sala impecavelmente naquela época era minha. Varri todos os caquinhos, mas não tive coragem de jogá-los fora. Algo amoroso dentro de mim impediu que o fizesse. Juntei tudo em um jornal e mais tarde comecei o trabalho de restauração. Fui para uma espécie de biblioteca que havia na casa de meus pais e pacientemente, sobre a máquina de costura da mamãe, fui colando tudo, caquinho por caquinho. Começando da base até a cabeça, separando dos cacos, com muito cuidado, o lixo misturado. Tinha pelo de gato e cachorro, cabelo meu e das minhas irmãs e outras impurezas.
Os pedaços grandes são fáceis de juntar, mas os pequenos dão trabalho, exigem boa vista e mãos suaves. Os pedacinhos muito miúdos, na face de Nossa Senhora, acho que usei uma agulha que estava na gaveta da máquina de costura.
Gente, isso faz tanto tempo, mas ficou muito marcado na minha vida. Quando meu pai chegou do trabalho, ele percebeu que a santa estava sobre o móvel outra vez e perguntou meio espantado quem havia colado. Meu pai nunca foi homem de frequentar assiduamente as missas, mas sua espiritualidade era bem forte e sempre que podia, deixava uma rosa em frete à Nossa Senhora. Pena que meu pai não explorou melhor seus dons mediúnicos, o da visão, da audição . . . Em minha família, a espiritualidade era vista e aceita apenas sob a ótica da Igreja Católica.
Meu pai pegou a santa cuidadosamente e colocou no quarto dele e da mamãe sobre a penteadeira dela, para acabar de colar por lá. Ele tinha medo que na sala, ela sofresse novo acidente. No dia seguinte, minha mãe acordou e foi para a cozinha como de costume. Eu estava acordada, mas ainda na cama. Uma irmã minha, no quarto ao lado, também já estava acordada. De repente, minha mãe começou a gritar, chamando meu pai, dizendo que era um assalto, um assalto! Ladrões haviam entrado armados em nossa casa.
A violência na cidade, mesmo num bairro afastado do subúrbio carioca, já dava sinais de muitas ameaças à sociedade. Eles foram rendendo todos que estavam na casa e colocando todo mundo dentro do quarto de minha mãe. Meu pai estava lá e os ladrões não contavam com a resistência física e extremamente ágil de meu pai. Quando um dos assaltantes estavam tentando fechar a porta do quarto com todos dentro, numa manobra rápida, meu pai fechou a porta, espremendo a mão armada do assaltante na porta do quarto. Enquanto ele prendia a mão do assaltante jogando todo o peso de seu corpo contra a porta, ele pediu para uma das minhas irmãs fechar a janela do quarto e começar a gritar pelos vizinhos. Minha irmã rapidamente e com muita coragem, mesmo sabendo que a casa estava rodeada de assaltantes, conseguiu fechar a janela do quarto. Começamos todos a gritar chamando os vizinhos. Os vizinhos vieram, a polícia chegou e os assaltante fugiram pelo quintal das outras casas. Foi um dia extremamente atípico e muito conturbado. Agradecemos aos vizinhos e à polícia, que antes de ir embora, avisou meu pai que os assaltantes provavelmente voltariam, pois não haviam conseguido levar nada.
No dia seguinte quando fomos tomar café, meu pai lembrou a todos que quem havia nos protegido durante todo o incidente, havia sido a Nossa Senhora da Vitória e que deveríamos ir à Igreja para agradecer. Lembram que ela estava no quarto da mamãe para colar? Eu era tão menina, mas fato era que, desde aquela época, eu sentia falta de estar mais em contato com o divino. Todo momento é divino e devemos agradecer constantemente ao Deus que nos rodeia. Quando esquecemos disso, somos nós que vamos nos afastando. Quando chegou o domingo, um movimento interno muito forte e de desejo sincero de agradecimento me levou à Igreja. Aquela santa havia mesmo nos protegido.
É interessante quando você vai colando os cacos de uma santa. A minuciosa tarefa de reconstrução da face, vai nos remodelando também internamente. É algo sagrado e de muito simbolismo para nosso eu interior. Na realidade, é um diálogo mistico que se manifesta entre você e a imagem. Quando o trabalho fica pronto, você percebe e sente que terminou algo de muita importância e fica feliz e orgulhoso por isso.
Naquela missa, uma onda de profunda emoção me atingiu e foi difícil para mim segurar as lágrimas. Uma menina agradecia conscientemente, toda a proteção que a família havia recebido e continuaria recebendo. Como o policial havia predito, os assaltantes voltaram e mais uma vez, em outra ação extremamente perigosa, meu pai botou todos para correr. Havia um manancial de luz protetora da Virgem Maria naquela casa. Enquanto meu pai foi vivo, ele sempre colocava uma rosa para ela e minha mãe fazia o mesmo e faz até hoje.
Mas porque eu estou contando essa história? Porque hoje eu percebo que o que se passou lá atrás, em minha casa, é muito parecido com toda a transição pela qual estamos passando. É um movimento de remodelação interna. A luz Galáctica que nos atingiu em 21.12.12 e continua subindo, está nos quebrando em mil pedacinhos. O trabalho de colar os caquinhos é interno e minucioso. Deus está separando todo o lixo, a gente querendo ou não. Deus está colocando à nossa disposição, milhões de restauradores divinos, que com precisão quântica divina, e mais a nossa abertura consciente, irão nos ajudar nesse processo de autoremodelação, reconstrução e aperfeiçoamento.
Eu quero e desejo sinceramente ser uma pessoa melhor, eu quero e desejo viver num mundo melhor, eu quero e desejo participar de minha reconstrução, eu quero e desejo participar na separação de meu lixo interno. Ao lixo que se camufla dentro de meu ser, peço aos mestres que me apontem e me ajudem a removê-lo. Não desejo ficar com ele escondido dentro de mim. Não dou permissão para nenhum lixo ficar em meu ser.
Você não quer ser uma pessoa melhor? Você tem medo que alguém te quebre? Amigo, não dá para se esconder desse movimento galáctico. Você será quebrado e vão te remodelar. Se você permitir conscientemente, será tudo mais rápido e suave. Não será fácil, mas será menos doloroso e você será atingido por uma grande alegria interna ao perceber todo o movimento divino ao teu redor. Toda vez que um pedacinho for reconfigurado, se dê um tempinho para colar direitinho, ok?
Ninguém, absolutamente ninguém, será jogado no lixo. Deus não faz isso!
Desejo a todos uma bela restauração.
Obrigada restauradores divinos, vocês estão fazendo um lindo trabalho.
Obrigada Nossa Senhora da Vitória. Obrigada.
Beijo no Coração de Todos
Os pedaços grandes são fáceis de juntar, mas os pequenos dão trabalho, exigem boa vista e mãos suaves. Os pedacinhos muito miúdos, na face de Nossa Senhora, acho que usei uma agulha que estava na gaveta da máquina de costura.
Gente, isso faz tanto tempo, mas ficou muito marcado na minha vida. Quando meu pai chegou do trabalho, ele percebeu que a santa estava sobre o móvel outra vez e perguntou meio espantado quem havia colado. Meu pai nunca foi homem de frequentar assiduamente as missas, mas sua espiritualidade era bem forte e sempre que podia, deixava uma rosa em frete à Nossa Senhora. Pena que meu pai não explorou melhor seus dons mediúnicos, o da visão, da audição . . . Em minha família, a espiritualidade era vista e aceita apenas sob a ótica da Igreja Católica.
Meu pai pegou a santa cuidadosamente e colocou no quarto dele e da mamãe sobre a penteadeira dela, para acabar de colar por lá. Ele tinha medo que na sala, ela sofresse novo acidente. No dia seguinte, minha mãe acordou e foi para a cozinha como de costume. Eu estava acordada, mas ainda na cama. Uma irmã minha, no quarto ao lado, também já estava acordada. De repente, minha mãe começou a gritar, chamando meu pai, dizendo que era um assalto, um assalto! Ladrões haviam entrado armados em nossa casa.
A violência na cidade, mesmo num bairro afastado do subúrbio carioca, já dava sinais de muitas ameaças à sociedade. Eles foram rendendo todos que estavam na casa e colocando todo mundo dentro do quarto de minha mãe. Meu pai estava lá e os ladrões não contavam com a resistência física e extremamente ágil de meu pai. Quando um dos assaltantes estavam tentando fechar a porta do quarto com todos dentro, numa manobra rápida, meu pai fechou a porta, espremendo a mão armada do assaltante na porta do quarto. Enquanto ele prendia a mão do assaltante jogando todo o peso de seu corpo contra a porta, ele pediu para uma das minhas irmãs fechar a janela do quarto e começar a gritar pelos vizinhos. Minha irmã rapidamente e com muita coragem, mesmo sabendo que a casa estava rodeada de assaltantes, conseguiu fechar a janela do quarto. Começamos todos a gritar chamando os vizinhos. Os vizinhos vieram, a polícia chegou e os assaltante fugiram pelo quintal das outras casas. Foi um dia extremamente atípico e muito conturbado. Agradecemos aos vizinhos e à polícia, que antes de ir embora, avisou meu pai que os assaltantes provavelmente voltariam, pois não haviam conseguido levar nada.
No dia seguinte quando fomos tomar café, meu pai lembrou a todos que quem havia nos protegido durante todo o incidente, havia sido a Nossa Senhora da Vitória e que deveríamos ir à Igreja para agradecer. Lembram que ela estava no quarto da mamãe para colar? Eu era tão menina, mas fato era que, desde aquela época, eu sentia falta de estar mais em contato com o divino. Todo momento é divino e devemos agradecer constantemente ao Deus que nos rodeia. Quando esquecemos disso, somos nós que vamos nos afastando. Quando chegou o domingo, um movimento interno muito forte e de desejo sincero de agradecimento me levou à Igreja. Aquela santa havia mesmo nos protegido.
É interessante quando você vai colando os cacos de uma santa. A minuciosa tarefa de reconstrução da face, vai nos remodelando também internamente. É algo sagrado e de muito simbolismo para nosso eu interior. Na realidade, é um diálogo mistico que se manifesta entre você e a imagem. Quando o trabalho fica pronto, você percebe e sente que terminou algo de muita importância e fica feliz e orgulhoso por isso.
Naquela missa, uma onda de profunda emoção me atingiu e foi difícil para mim segurar as lágrimas. Uma menina agradecia conscientemente, toda a proteção que a família havia recebido e continuaria recebendo. Como o policial havia predito, os assaltantes voltaram e mais uma vez, em outra ação extremamente perigosa, meu pai botou todos para correr. Havia um manancial de luz protetora da Virgem Maria naquela casa. Enquanto meu pai foi vivo, ele sempre colocava uma rosa para ela e minha mãe fazia o mesmo e faz até hoje.
Mas porque eu estou contando essa história? Porque hoje eu percebo que o que se passou lá atrás, em minha casa, é muito parecido com toda a transição pela qual estamos passando. É um movimento de remodelação interna. A luz Galáctica que nos atingiu em 21.12.12 e continua subindo, está nos quebrando em mil pedacinhos. O trabalho de colar os caquinhos é interno e minucioso. Deus está separando todo o lixo, a gente querendo ou não. Deus está colocando à nossa disposição, milhões de restauradores divinos, que com precisão quântica divina, e mais a nossa abertura consciente, irão nos ajudar nesse processo de autoremodelação, reconstrução e aperfeiçoamento.
Eu quero e desejo sinceramente ser uma pessoa melhor, eu quero e desejo viver num mundo melhor, eu quero e desejo participar de minha reconstrução, eu quero e desejo participar na separação de meu lixo interno. Ao lixo que se camufla dentro de meu ser, peço aos mestres que me apontem e me ajudem a removê-lo. Não desejo ficar com ele escondido dentro de mim. Não dou permissão para nenhum lixo ficar em meu ser.
Você não quer ser uma pessoa melhor? Você tem medo que alguém te quebre? Amigo, não dá para se esconder desse movimento galáctico. Você será quebrado e vão te remodelar. Se você permitir conscientemente, será tudo mais rápido e suave. Não será fácil, mas será menos doloroso e você será atingido por uma grande alegria interna ao perceber todo o movimento divino ao teu redor. Toda vez que um pedacinho for reconfigurado, se dê um tempinho para colar direitinho, ok?
Ninguém, absolutamente ninguém, será jogado no lixo. Deus não faz isso!
Desejo a todos uma bela restauração.
Obrigada restauradores divinos, vocês estão fazendo um lindo trabalho.
Obrigada Nossa Senhora da Vitória. Obrigada.
Beijo no Coração de Todos
Texto
de Lua de Luz
de Lua de Luz